Newsletter Conib - 18-10-10

Conib destaca
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2010
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários

1. Netanyahu alerta para ameaça terrorista


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou preocupação com o tipo de armamento em posse de grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah. Em reunião com membros do seu partido, o Likud, Netanyahu disse que teme pela segurança dos aeroportos. "Hoje estamos experimentando algum receio voando perto da faixa de Gaza, já que eles (os extremistas) possuem mísseis antiaéreos," disse Netanyahu. O primeiro-ministro explicou que, no âmbito das negociações, o tema segurança é prioridade (The Jerusalém Post).

2. Abbas adverte contra extremismo em caso de fracasso das negociações


O presidente palestino, Mahmud Abbas, advertiu para o aumento do extremismo no Oriente Médio, se fracassarem as negociações de paz com Israel. "O desespero alimentará o extremismo", advertiu o dirigente palestino em entrevista à televisão israelense. Mas Abbas também disse ter "esperanças nos esforços americanos" em favor do diálogo e descartou a possibilidade de uma nova Intifada (AFP). Leia mais em:
Abbas rebuffs Syria call to continue Palestinian 'resistance'

3. China viola sanções ao Irã e mantém ajuda ao país, diz jornal


O jornal Washington Post revelou que o governo americano tem provas de que empresas chinesas estão violando as sanções impostas contra o Irã e ajudando esse país com assessoria no desenvolvimento de tecnologia para fabricação de mísseis e armas nucleares. O jornal, que cita como fonte um alto funcionário do governo, informou que o Departamento de Estado americano possui uma lista “significativa” de empresas chinesas que violam as sanções e que já encaminhou pedido à China para que suspenda essa ajuda.  "Meu governo vai investigar as questões levantadas pelos EUA", disse Wang Baodong, um porta-voz da embaixada chinesa (Haaretz). Leia mais em:
U.S. says Chinese businesses and banks are bypassing U.N. sanctions against Iran
U.S. deal with European oil firms hobbles Iran Air

4. “As férias de Ahmadinejad”

Enquanto a União Européia admitia retomar as negociações com o Irã sobre o seu programa nuclear, Mahmoud Ahmadinejad curtia férias no Líbano. Ele foi recebido como herói pelo Hezbollah e voltou a fazer discursos inflamados contra Israel e o “regime sionista”. O New York Times comparou, em tom de deboche, a viagem de Ahmadinejad a “férias”: “Ele enfrenta críticas em seu próprio país e se prepara para enfrentar uma crise econômica. No Líbano, ele foi adorado” (Época). A revista Veja desta semana também abordou a visita de Ahmadinejad ao Líbano.  Sob o título “Bonita roupa, doutor”, a revista destacou que uma das coisas mais previsíveis que existem são os discursos do dirigente iraniano. “Diferente desta vez foi o lugar em que fez o mesmo discurso de sempre: o Líbano, onde recebeu a veneração dos xiitas e um título de doutor honoris causa da Universidade Libanesa”, diz a revista. Leia mais em:
O que Ahmadinejad foi fazer no Líbano

5. Ahmadinejad diz que EUA ainda vão se desculpar e implorar amizade com Irã


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que os EUA um dia ainda vão pedir desculpas e implorar a Teerã para que os dois países restabeleçam as relações diplomáticas. Em declarações divulgadas pela agência de notícias oficial Irna, o iraniano afirmou ainda que o governo americano tornou-se supostamente tão fraco que não tem como representar ameaça ao Irã. As relações entre os EUA e o Irã foram rompidas em 1980, após o episódio da tomada de reféns americanos na embaixada do país em Teerã que se seguiu à revolução do ano anterior -- quando foi fundada a República Islâmica do Irã (AP).

6. “O horror por trás da vitrine”

Na primeira exposição já feita na Alemanha sobre Adolf Hitler, os organizadores tomam cuidados especiais para evitar cenas de culto ao assassino serial. Ainda com o receio de que imagens e objetos relacionados ao ditador reativem o culto à sua personalidade, os historiadores se animaram a montar a exposição “Hitler e os Alemães, Nação e Crime”, aberta na sexta-feira no Museu de História Alemã, em Berlim. O tema ainda causa constrangimento ao governo alemão. “O genocídio de 6 milhões de judeus, feito em nome da Alemanha, trouxe sofrimento indescritível para o povo judeu, para a Europa e para o mundo inteiro”, disse a chanceler Ângela Merkel em discurso no Parlamento israelense, há dois anos (Por Duda Teixeira, Veja).

7. Israel e Hamas retomam negociações sobre libertação do soldado Shalit


O governo israelense e o Hamas retomaram as negociações para a libertação do soldado israelense Gilad Shalit, seqüestrado há mais de quatro anos pelo grupo extremista palestino. De acordo com informações do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do Hamas, um representante do governo alemão que serve como mediador entre as partes se encontra na Faixa de Gaza para promover as conversas sobre a libertação de Shalit (BBC Brasil). Leia mais em:
Top IDF officer warns of new Gaza war if Hamas abducts soldier

8. Para enviado de Israel na ONU, só a paz pode deter colonização


Israel não porá fim a sua política de construção de colônias até que os palestinos cheguem a um acordo de paz, disse o embaixador israelense na ONU, Meron Reuben. "A única forma de deter a colonização é alcançar um acordo. Se os palestinos estabelecerem um Estado palestino em uma zona bem delimitada, penso que as construções nesta região cessariam definitivamente", disse Reuben (AFP).

9. Em visita à Rússia, presidente anuncia central nuclear


A Rússia concordou em construir a primeira usina de energia nuclear da Venezuela, após conversas em Moscou entre os presidentes dos países, Dmitri Medvedev e Hugo Chávez. Os dois países vão desenvolver energia nuclear na Venezuela, incluindo um reator para pesquisa, segundo o acordo assinado por Serguei Kirienko, presidente da Rosatom, a estatal nuclear russa (Bloomberg). Leia mais em:
Moscou e Caracas acertam construção de usina nuclear na Venezuela
Após acordo nuclear com Rússia, Venezuela promete fornecer petróleo até 2013 à Bielorrússia

Leia mais em:

Building to destroy the peace process

Shimon Peres cancela visita ao Marrocos

Ahmadinejad: 'US will beg Iran to resume diplomatic ties'

Conib destaca
Domingo, 17 de Outubro de 2010
Por Celia Bensadon

1. Analistas: Ahmadinejad no Líbano fortalece Irã e Hezbollah


A visita do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Líbano fortalece a posição do grupo xiita Hezbollah, um forte aliado do Irã, dentro do cenário político libanês e na região, e coloca o Irã em posição para desafiar o isolamento imposto pelos países ocidentais, segundo analistas. Eles avaliam que Irã e Hezbollah ganham força com o apoio mútuo, já que o grupo xiita vem sofrendo forte pressão nos últimos meses pelo Tribunal Especial da ONU, que deve indiciar membros seus pela morte do ex-prêmier libanês Rafik al-Hariri, em 2005. Para Hilal Khashan, professor de Ciência Política da Universidade Americana de Beirute, mesmo o líder iraniano tendo suas próprias razões e interesses, o Hezbollah ganha com a visita de Ahmadinejad por mostrar que tem o total apoio de seu maior patrocinador, uma potência na região (Noticias Terra). Leia mais em:
Ahmadinejad: Israel and its allies are all on their way to hell

2. “Cisão ameaça poder de Ahmadinejad”


De Beirute a Bint Jbeil, vilarejo na fronteira com Israel, o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi aclamado no Líbano como nenhum outro líder estrangeiro. Curiosamente, porém, de volta em Teerã as notícias para o iraniano são desalentadoras. Parte da cúpula do regime parece ter se voltado contra o presidente e alguns analistas chegam a defender que nunca o poder de Ahmadinejad esteve tão ameaçado. Nos bastidores da República Islâmica, vem tomando corpo um embate entre clérigos e conservadores, de um lado, e o grupo de Ahmadinejad, de outro. As duas facções haviam se aliado contra a oposição reformista, que acabou massacrada nas ruas em 2009. Mas, sem o inimigo comum, a coalizão ruiu (Por Roberto Simon, O Estado de S.Paulo).

3. Administradores de Londres vêm ao Brasil conhecer a gestão do Hospital Albert Einstein


O presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Luiz Lottenberg, receberá na próxima terça-feira, em São Paulo, representantes do governo de Londres. Depois de cumprir agenda no Rio de Janeiro na segunda ao lado do marido, Lord Mayor britânico Alderman Nick Anstee, Lady Mayoress, Claire Anstee, visitará as instalações do Albert Einstein na capital paulista para saber como funciona a gestão do hospital e a atuação do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Alderman Nick Anstee é autoridade máxima da Corporação de Londres, que administra City of London, principal centro financeiro do mundo. Claire Ainstee é a prefeita da famosa City londrina (Por Thais Arbex, Ultimo Segundo).

4. As grandes potências são forçadas a negociar com o Irã, diz Ahmadinejad


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que as grandes potências não têm "outra escolha" a não ser negociar com o Irã sobre a questão nuclear. Segundo ele, as discussões que não tenham como base a "justiça e o respeito mútuos" estão destinadas ao fracasso. "Dissemos desde o início que o melhor meio (de solucionar a questão nuclear iraniana) é conversar com o Irã. Vocês não têm outra escolha. Todos os outros caminhos estão bloqueados", afirmou Ahmadinejad durante discurso em Ardebil (noroeste) transmitido pela televisão (AFP). Leia mais em:
Ahmadinejad condiciona retomada de diálogo sobre programa nuclear ao cumprimento de condições prévias

5. Líder oposicionista iraniano retoma carreira de artista

O principal líder oposicionista iraniano retomou discretamente sua carreira como artista, vendendo dezenas de quadros ao longo dos últimos 12 meses a uma rede pequena e discreta de contatos, a fim de evitar a ira das autoridades. Mir Hossein Mousavi deflagrou a maior crise política no Irã desde a revolução islâmica de 1979 ao disputar como principal candidato oposicionista a eleição presidencial do ano passado. Mas os antecedentes e a formação do líder do Movimento Verde estão na arte (Por Najmeh Bozorgmehr, do Financial Times, em artigo na Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Irã alerta imprensa local contra notícias sobre oposição

6. Nazismo e cinema

Seis anos depois de "A Queda! As Últimas Horas de Hitler", entra em cartaz "Jud Süss - Filme sem Consciência", de Oskar Roehler. E vem polemizando, como sempre acontece na Alemanha quando um filme de ficção recria os bastidores do Terceiro Reich. A fita conta a história de outro filme, também chamado "Jud Süss", que Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazista, encomendou no final dos anos 30 ao cineasta Veit Harlan. A ideia era inflamar o espírito dos alemães contra os judeus. O resultado foi uma das obras antissemitas mais pérfidas daqueles tempos. Tanto que a divulgação do "Jud Süss" original é proibida na Alemanha e alguns membros da comunidade judaica pedem agora o mesmo destino para o filme atual, por reproduzir cenas da fita antiga (Por Silvia Bittencourt, Folha de S.Paulo).

7. Pilotos cubanos levaram milhares de judeus a Israel entre 1951 e 1952, diz historiador


Cinco pilotos cubanos transportaram para Israel 150 mil refugiados judeus que estavam no Iraque, Irã, Índia e Iêmen, após a fundação do Estado judaico, em 1948, fato que permaneceu "inédito durante 60 anos", segundo revelou o historiador cubano Rolando Marrón. "Cinco pilotos da extinta companhia Aerovias Cubanas Internacionais S.A. transportaram para Israel, entre 1951 e 1952, cerca de 150.000 judeus", entre eles "115 mil refugiados procedentes do Iraque" e "25 mil do Irã", disse o historiador em declarações publicadas no jornal Juventud Rebelde (AFP).

Leia mais em:

How Israel can use to Syria to thwart Ahmadinejad

U.S. Jews and Israel versus Barack Obama

Chávez desembarca no Irã para sua oitava visita oficial

 El Gobierno se reúne en Degania para celebrar los 100 años del Kibutz

Conib destaca
Sábado, 16 de Outubro de 2010
Por Celia Bensadon

1. “Visita inconveniente”

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, jogou gasolina na fogueira das tensões do Oriente Médio ao levar seu discurso de ódio contra Israel às fronteiras do Estado judaico. Ahmadinejad foi festejado no Líbano, país ao qual fez nesta semana a primeira visita desde que assumiu o cargo, em 2005. Em Bint Jbeil, a poucos quilômetros de Israel, afirmou que "o mundo deve saber que os sionistas irão perecer" e instou a plateia, formada por seguidores da milícia islâmica Hezbollah, a continuar a "resistência" contra o país vizinho.
O recado não deve ser tomado por outra coisa que não um incentivo à guerra, em um país que já enfrentou dois conflitos sangrentos contra Israel nos últimos 30 anos e onde até hoje se faz necessária uma missão de paz da ONU - da qual o Brasil, que se aproximou do Irã recentemente, estuda participar. Ainda que o presidente do Irã não tenha atingido os píncaros de provocação que dele se esperavam - não foi à fronteira de Israel atirar uma pedra, como chegou-se a cogitar -, sua visita é mais um elemento desanimador para os defensores da paz no Oriente Médio, num momento em que o frágil diálogo entre israelenses e palestinos ameaça se romper (Folha de S.Paulo – A2).

2. Israel autoriza construções em Jerusalém Oriental

Israel voltou a autorizar novas construções em Jerusalém Oriental, o setor da cidade ocupado em 1967, após quase um ano de obras discretamente paralisadas. O Ministério da Habitação publicou licitação para construir 238 unidades habitacionais nos assentamentos de Pizgaat Zeev e Ramot, pondo fim a um congelamento não oficial imposto pelo governo israelense sob pressão dos Estados Unidos. A liderança palestina, que já ameaçava abandonar a mesa de negociações em protesto contra o fim da moratória israelense de construções na Cisjordânia, reagiu com pessimismo (Por Marcelo Ninio, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Israel anuncia adiamento da cúpula de Paris que discutirá negociações de paz
PM's office: Construction plans in East Jerusalem are nothing new
Palestinos rejeitam construções em Jerusalém Oriental

3. Trama antinazista escapa de demagogia

Adolf Hitler e o nazismo foram responsáveis, de 1933 a 1945, por crimes metódicos e brutais: racismo, eugenia, genocídio, terrorismo de Estado etc. Outros carniceiros célebres foram Stálin, Mao e Ceausescu. Mas nenhum conseguiu atingir a dimensão mítica de Hitler e seu Estado-Maior. Outro crime - este mais duradouro - pelo qual o Terceiro Reich deve ser responsabilizado: a enxurrada de arte e literatura kitsch de temática antinazista. O romance "A Questão Humana", do belga François Emmanuel, escapa por pouco da vala comum onde foram parar todos os best-sellers sensacionalistas sobre o assunto. É um romance de denúncia, certamente. Mas o autor soube se safar das armadilhas da demagogia barata (Por Nelson de Oliveira, Folha de S.Paulo).

4. Museu abre mostra sobre Hitler


O Museu Histórico Alemão, em Berlim, inaugurou ontem a primeira exposição sobre o líder nazista Adolf Hitler desde a sua morte, em 1945. Museus já dedicaram espaços ao Holocausto, ao trabalho escravo e a outros ângulos da Alemanha nazista, mas nunca se concentraram no homem que arquitetou tudo isso. "A exibição de suásticas e de imagens de Hitler é proibida por lei, a não ser em um contexto científico. E esta não é uma exposição de propaganda", afirmou o diretor da instituição, Hans Ottomayer. Algumas peças em exibição chegam a ser comoventes, como uma pintura amadora feita no verso de escrituras sagradas judaicas (BBC Brasil). Leia mais em:
Exposição em Berlim aborda popularidade de Hitler durante o nazismo
German Jewish leader welcomes Hitler exhibition in Berlin

5. “Fogo amigo” mostra habilidade de israelense em fazer quebra-cabeça narrativo


“Fogo amigo”, o mais recente livro do premiado escritor israelense A. B. Yehoshua, vai além da simples referência ao tiro disparado por um colega de farda que atinge por engano o jovem soldado israelense Eyáli. Considerado, ao lado de Amos Oz e David Grossman, um dos principais representantes da literatura israelense na atualidade, Yehoshua nasceu em Jerusalém em 1936. E, assim como seus dois compatriotas escritores de um país em guerra, busca nos temas do cotidiano a carga emocional suficiente para enviar aos leitores o seu recado político: "Períodos de sofrimento criam grandes momentos literários", explica ele, professor de literatura na Universidade de Haifa desde 1972 (Por Elza Pires, Correio Braziliense).

Leia mais em:

Celebran en Nueva York el centenario de Los gauchos judíos

Irã liberta empresário americano após dois anos

Seca toma conta de região antes próspera do Oriente Médio


Comentários