Newsletter Conib - 10-11-10

Conib destaca
Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários


1. Peres: 'Brasil deve decidir se é pró-Irã ou pró-EUA'


Incomodado com a aproximação entre o governo Luiz Inácio Lula da Silva e o Irã de Mahmoud Ahmadinejad, o presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou que a diplomacia brasileira não pode se valer apenas de "puro poder" e deve se pautar também por "valores". "É preciso fazer uma escolha. Não se pode ser pró-EUA e pró-Irã ao mesmo tempo", resumiu Peres em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, às Organizações Globo e ao jornal Valor Econômico. O ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1994 exortou o Brasil a levar a sério as ameaças de Ahmadinejad a Israel, assim como sua pregação contra o Holocausto. Peres, porém, não perdeu o tom conciliatório durante a entrevista, elogiando várias vezes "os grandiosos feitos do Brasil nos últimos anos". "Nossa relação com o Brasil é muito intensa, muito boa. Desejamos continuar nesse caminho” (Por Celso Ming, O Estado de S.Paulo). Leia mais em:
Brasil terá de escolher entre o Irã ou os EUA, alerta Peres
Não se pode ser pró-Irã e também pró-EUA, diz Shimon Peres sobre Brasil

2. Brasil e Índia não disputam a mesma vaga, diz Amorim


Repetindo o discurso conciliador adotado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o apoio dos EUA à uma vaga permanente para a Índia no Conselho de Segurança da ONU, o chanceler Celso Amorim disse que a afirmação de Barack Obama demonstra a abertura de um canal para a discussão de ampliação do organismo internacional. Para Amorim, "Brasil e Índia não disputam a mesma vaga" e "não passa pela cabeça de ninguém que entrem dois países asiáticos e nenhum da África ou da América Latina" no Conselho. Segundo Amorim, as declarações de Obama “afetam positivamente o Brasil, porque mostram que o presidente americano está com a cabeça aberta para uma reforma da ONU, que inclua os países em desenvolvimento” (Por Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo).

3. “Ilusões de uma política externa”

Na chegada de Lula a Brasília, vários conceitos sobre política externa dos anos 70 foram resgatados e colocados em prática. E é esta política externa tão trombeteada por Lula e seguidores que, mais uma vez, foi desmoralizada e colocada em xeque, agora com o apoio formal do presidente Barak Obama à entrada da Índia no círculo de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Não importa se o aceno de Obama venha a ter pouco ou nenhum efeito prático. Mas fica evidente que, ao importar da década de 70 do século passado uma diplomacia de viés antiamericana, o Brasil se alijou da lista de aspirantes com chances de entrar no primeiro time do CS (O Globo - Opinião).

4. “Passagem para a Índia”


De todo modo, o lado positivo da manifestação de Obama foi ele concordar com a obsolescência das realidades que deram ao Conselho de Segurança o seu formato original, no imediato pós-guerra. Embora, como diz o presidente Lula, a geografia política e econômica do globo tenha se alterado drasticamente nos últimos 60 anos, a propalada reforma do CS, para refletir as transformações ocorridas desde então nas relações internacionais, se resume a duas décadas de discursos. Uma das razões alegadas pelas potências pouco ou nada propensas a compartilhar os seus poderes exclusivos é a de que não há consenso sobre quantos seriam e de onde viriam os novos integrantes, como seriam escolhidos - e o que aconteceria com o poder de veto. Segundo uma hipótese, o privilégio seria estendido, depois de um período de quarentena, aos futuros membros permanentes, o que significa que teria de ser apenas um punhado. O Brasil, candidato ostensivo a uma vaga, reagiu bem à atitude de Obama. Lula falou em "abertura" do Conselho. Mas tardará até que as suas portas sejam desemperradas (O Estado de S.Paulo – A3).

5. Irã se queixará à ONU pelas "ameaças bélicas" de Netanyahu


O Irã anunciou que vai apresentar queixa formal na ONU contra Israel pelas "recentes ameaças bélicas" do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.  "Nossa embaixada em Nova York enviará nota ao secretário-geral das Nações Unidas e registrará este tipo de ameaças na região". "A mera existência deste regime ilegal (Israel) é uma mistura de terror, ameaças e agressão", disse o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki. Em discurso na cidade americana de Nova Orleans, na segunda-feira, Netanyahu pediu a Washington que empreenda ações mais duras, como ameaça militar, para frear o controvertido programa nuclear iraniano. O presidente Ahmadinejad tem ameaçado, em seus freqüentes discursos, “varrer” Israel do mapa (Efe).

6. Irã diz aceitar reunião com potências, mas sem discussão nuclear


O Irã comunicou às potências mundiais que está disposto a participar de um diálogo no fim do mês ou no começo de dezembro na Turquia, mas uma autoridade do país afirmou que Teerã não aceitaria incluir a questão nuclear na pauta do encontro. Alguns governos ocidentais temem que o Irã esteja desenvolvendo secretamente armas nucleares, enquanto a República Islâmica alega que seu objetivo é apenas produzir energia com fins pacíficos. Estados Unidos, França, Rússia, Grã-Bretanha, Alemanha e China estão envolvidos nas tentativas de oferecer vantagens ao Irã em troca de o país abandonar seu programa de enriquecimento de urânio. Mas analistas dizem que disputas dentro do regime islâmico iraniano podem dificultar qualquer acordo, ou mesmo a realização de um diálogo significativo (Por Parisa Hafezi, Reuters). Leia mais em:
Iran rejects nuclear talks with major powers

7. UE consulta países sobre resposta do Irã ao diálogo nuclear


A União Europeia informou que vai consultar os países do grupo 5+1 - integrado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha - sobre a resposta enviada pelo Irã a respeito do convite para o reatamento do diálogo. "Acabamos de receber a carta do Irã. Agora temos que consultar os membros do 5+1 sobre como proceder", indicou à agência EFE Maja Kocijancic, porta-voz da Alta Representante da União Europeia, Catherine Ashton. O objetivo é responder o Irã "nos próximos dias", afirmou a porta-voz, que não pôde precisar o conteúdo do documento enviado por Teerã (Efe).

8. Netanyahu reage a crítica dos EUA sobre assentamentos

Após um período de calmaria em suas relações, EUA e Israel voltam a se chocar e Jerusalém, mais uma vez, está no centro da discórdia. Em visita à Indonésia, país de maior população islâmica do mundo, o presidente norte-americano, Barak Obama, criticou o plano israelense de construir 1.300 novas unidades habitacionais em Jerusalém Oriental. “Jerusalém não é um assentamento. Jerusalém é a capital de Israel”, reagiu imediatamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Para Obama, as construções “não ajudam no processo de negociações de paz” entre israelenses e palestinos (Por Marcelo Ninio, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Obama: East Jerusalem building plans 'unhelpful' to peace efforts
Netanyahu on building plans: 'Jerusalem isn't a settlement'
Netanyahu: Settlements row 'overblown'

9. Divergências podem prejudicar resultado de visita de Netanyahu aos EUA


De qualquer forma o anúncio deve colocar em xeque o sucesso da visita de Netanyahu aos EUA e pode gerar novo impasse entre os governos israelense e americano. No domingo, o vice-presidente americano, Joe Biden se encontrou com Netanyahu em Nova Orleans, nos EUA, para discutir entre outros temas o prosseguimento do diálogo direto de paz entre israelenses e palestinos, mediado por Washington. Algo parecido ocorreu ainda neste ano quando o governo de Netanyahu anunciou novas construções enquanto Biden estava em Jerusalém em visita oficial ao país. As conversas entre Netanyahu e Biden, e mais tarde nesta semana entre o premiê e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, têm como objetivo retomar o processo de paz (UOL). Leia mais em:
Israel plans housing in East Jerusalem

10. Obama diz que obstáculos imensos permanecem para paz no Oriente Médio


"No Oriente Médio temos enfrentado percalços e passos em falso, mas perseveramos na busca pela paz. Israelenses e palestinos retomaram as negociações diretas, mas obstáculos imensos permanecem", disse Obama em discurso na Universidade da Indonésia em Depok, perto de Jacarta. "Não devemos nos iludir com o fato de que a paz e a segurança virão facilmente. Mas não se enganem, nós faremos todo o possível para alcançar um resultado que seja justo e contemple o interesse de todas as partes envolvidas: dois Estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança", acrescentou (Noticias BOL). Leia mais em:
Oriente Médio é bom palco para atuação do presidente

11. Palestinos: Netanyahu está determinado a destruir negociações


O negociador palestino Saeb Erekat acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de estar "determinado a destruir as negociações" após a aprovação por seu governo de um plano de construção de novas colônias em Jerusalém Oriental. "Esperávamos que Netanyahu tivesse ido aos Estados Unidos para anunciar a suspensão da colonização e retomar as negociações, mas para nós está claro que ele está determinado a destruir as negociações. Fecharam-se todas as portas para um diálogo e o responsabilizamos por isso", afirmou Erekat (AFP).

12. Netanyahu diz a Ban que Israel deixará norte de povoado libanês


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comunicou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que Israel retirará suas tropas da parte norte do povoado de Ghajar, no território libanês, entregando-o ao controle das forças da ONU no Líbano, indicou um alto funcionário israelense. Netanyahu anunciou a decisão a Ban na noite de segunda-feira, durante encontro na sede da ONU em Nova York, acrescentou Mark Regev, porta-voz do chefe de governo israelense. "O primeiro-ministro disse que tem a intenção de reunir o gabinete de segurança ao retornar a Israel, com o objetivo de que este aprove um acordo sobre Ghajar, fruto de discussões entre Israel e a Finul", a força interina da ONU no Líbano, indicou Regev (AFP).

13. Alemanha lembra a “Noite dos Cristais”


Com vários atos pelo país, a Alemanha lembrou ontem a “Noite dos cristais”, em que militantes nazistas assassinaram centenas de cidadãos alemães de origem judaica, queimaram lojas e atacaram sinagogas em 9 de novembro de 1938, num ato considerado como desencadeador do Holocausto. Em ato em Potsdam, o presidente Christian Wulff qualificou o episódio como “uma jornada especialmente difícil para a história da Alemanha” (Aurora). Leia mais em:
'German Treasury aided Nazis more than we thought'

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Israel’s red lines

Yalla Peace: Can Jews live in a Palestinian state?

LIVE AT THE GA / Jewish identity, assimilation, and Iran

PM Netanyahu’s Speech at the General Assembly of the Jewish Federations of North America in New Orleans

Irã pleiteia vaga em agência da ONU para a mulher


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