Newsletter Conib - 6-05-11

Conib destaca
Sexta-feira, 6 de Maio de 2011
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários


1. Dilma critica "violência" de ataque anti-Gaddafi


Em crítica indireta à ação militar respaldada pela ONU (Organização das Nações Unidas) na Líbia, a presidente Dilma Rousseff afirmou que existe um quadro de "violência intervencionista" na África do Norte e no Oriente Médio. Foi a primeira vez que Dilma se manifestou publicamente sobre a ação militar capitaneada por forças dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Itália. O primeiro ataque aéreo ao país controlado pelo ditador Muammar Gaddafi foi realizado durante visita do presidente americano, Barack Obama, ao Brasil, em março. O Brasil se absteve em votação da resolução do Conselho de Segurança da ONU, em março, que deu base para o ataque (Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Dilma critica "violência intervencionista" na África e no Oriente Médio

2. França expulsa 14 diplomatas líbios fiéis a Gaddafi


A França anunciou a expulsão de 14 diplomatas líbios que seguiam fiéis ao regime do ditador Muammar Gaddafi. Em breve comunicado, o Ministério das Relações Exteriores assinalou que "a França declarou persona non grata 14 diplomatas líbios com posto em Paris”. Os diplomatas expulsos têm um prazo de 24 a 48 horas para deixar o território francês. Um porta-voz do Ministério explicou que a medida atinge todos os que estavam credenciados em Paris e que se mantiveram "fiéis a um regime ilegítimo", em alusão ao governo de Muammar Gaddafi. O porta-voz precisou que há diplomatas líbios que se distanciaram de Gaddafi e conservam seus postos na representação da Líbia (Efe). Leia mais em:
France orders 14 ‘ex-diplomats’ loyal to Libyan leader Gadhafi out of the country
EUA vão usar bens congelados de Gaddafi para 'ajudar o povo líbio'

3. Em Paris, premiê de Israel diz que paz com Hamas é impossível


O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, advertiu que a paz com o Hamas será impossível se o movimento islâmico palestino não renunciar à defesa da destruição de Israel como parte de seu programa. "Um inimigo que quer nos destruir não é um parceiro para a paz", declarou Netanyahu, após reunião em Paris com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. No entanto, o chefe de governo israelense ressaltou que, "se a unidade (Fatah-Hamas) é para a paz", Israel apoiará a reconciliação entre os dois grupos palestinos e reiterou que a única solução ao conflito israelense-palestino passa por "dois Estados para dois povos" (Folha.com). Leia mais em:
Premiê de Israel cobra clareza do grupo palestino Hamas
Obama e Netanyahu farão reunião na Casa Branca

4. Merkel evita polêmica com Abbas e pede retorno às negociações com Israel


A Alemanha garantiu que vai não reconhecer um Estado palestino sem que haja negociações bem-sucedidas com Israel. A rápida retomada das negociações de paz entre os palestinos e Israel é vista pela Alemanha como prioridade absoluta. No entanto, a chefe de governo alemã, Angela Merkel, evita especular sobre um possível reconhecimento de um Estado palestino pela Assembléia Geral das Nações Unidas em setembro sem que tenha havido negociações bem-sucedidas com Israel. "Queremos uma solução de dois Estados, e precisamos trabalhar nesse sentido. Nós não acreditamos que medidas unilaterais possam ajudar", avaliou Merkel. Depois de sua passagem por Berlim, o dirigente palestino Mahmud Abbas seguiu para Paris, onde vai se encontrar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. De antemão, Merkel minimizou possíveis diferenças entre Berlim e Paris no que diz respeito ao reconhecimento de uma eventual declaração unilateral de independência por parte dos palestinos (Deutsche Welle). Leia mais em:
Merkel warns against unilateral recognition of Palestinian state

5. Hamas pede respeito ao cessar-fogo para 'dar chance à paz' com Israel


O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, pediu às diversas facções palestinas que mantenham o cessar-fogo com Israel para que o Fatah "tenha uma chance" de estabelecer a paz com as autoridades israelenses. "Peço que uma chance seja dada ao futuro governo mantendo o acordo de cessar-fogo", disse Haniyeh, um dia depois de o Hamas, o Fatah e outras facções palestinas assinarem um acordo de reconciliação na capital do Egito. O cessar-fogo ao qual Haniyeh se refere foi acordado em abril. Logo após ser anunciado, porém, houve nova escalada de violência quando facções dispararam mísseis contra território israelense (estadao.com). Leia mais em:
Analysis: For Hamas, unity is just a tactic to survive

6. “Uma parceria pela paz no Oriente Médio”

Esta é um momento decisivo. Sob os auspícios do governo egípcio, os dois maiores movimentos políticos palestinos – Fatah e Hamas – assinaram um acordo de reconciliação que permitirá a ambos disputar eleições para a Presidência e o Parlamento dentro de um ano. Se os Estados Unidos e a comunidade internacional apoiarem esse esforço poderão ajudar a democracia palestina e estabelecer as bases para um Estado palestino unificado na Cisjordânia e em Gaza que possa fazer uma paz segura com Israel. Os EUA e outros deveriam ajudar o Hamas e Israel na busca de um cessar-fogo (Por Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, em artigo no Washington Post e publicado em O Globo).

7. Favorito no Egito ameaça endurecer com Israel


O favorito para as eleições presidenciais no Egito disse que, se eleito, vai romper com as ‘políticas amenas’ do ex-presidente Hosni Mubarak em relação a Israel. Amr Moussa, de 74 anos, que está deixando o comando da Liga Árabe, disse numa entrevista exclusiva ao The Wall Street Journal que as tentativas do antigo regime de solucionar o conflito entre Israel e os palestinos "levaram a lugar nenhum" e que o Egito precisa agora de políticas que "reflitam a opinião do povo". Moussa também descreveu um cenário político em que o grupo islâmico Irmandade Muçulmana, tornado ilegal por Mubarak, é o movimento dominante. É inevitável, disse ele, que as eleições parlamentares de setembro criem um legislativo dominado pelos islâmicos e com a irmandade no comando. Moussa, que tem um histórico político de secularismo, encabeça atualmente a lista de candidatos nas pesquisas de opinião para o que os egípcios esperam que seja a primeira eleição presidencial livre e justa na história do país, no fim de novembro (Por Matt Bradley, The Wall Street Journal, em artigo no Valor Econômico). Leia mais em:
Egypt Front-Runner Seeks Israel Reset
Ministro das Relações Exteriores do Brasil vai ao Egito
Múltis brasileiras ainda veem clima de incerteza para negócios no país

8. Al Qaeda planejava atacar trens nos EUA no aniversário do 11/9


Material encontrado no Paquistão, na casa em que foi morto o terrorista Osama Bin Laden revela que a rede terrorista Al Qaeda planejava realizar ataques contra trens nos Estados Unidos por ocasião do 10º aniversário dos atentados do 11 de Setembro. "Já havia um certo nível de planejamento, mas não havia informação sobre possíveis locais ou alvos específicos", segundo revelou o Departamento americano de Segurança Interna. A Al Qaeda "tentaria tombar um trem através de sabotagem dos trilhos, fazendo-o despencar de uma ponte ou cair num vale", disse o porta-voz do departamento, Matt Chandler. "Em fevereiro de 2010, a Al Qaeda planejava operações terroristas contra trens em regiões não especificadas dos Estados Unidos por ocasião do 10º aniversário do 11 de setembro de 2001", afirmou Chandler. Segundo o porta-voz, a informação procede do material capturado na operação de domingo passado, no Paquistão, que levou à morte de Bin Laden (Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Al-Qaida confirms death of Osama bin Laden
Al-Qaeda ameaça vingar Osama Ben Laden

9. Obama capitaliza morte de Bin Laden em ato no Marco Zero

Quatro dias após a morte do terrorista Osama Bin Laden, o presidente Barack Obama foi a Nova York prestar homenagem às vítimas do ataque do 11 de Setembro. A visita ocorreu no mesmo dia em que pesquisa do instituto Gallup mostrou alta na aprovação do presidente americano. Ela avançou seis pontos percentuais, para 52%, desde o assassinato - é sua maior aprovação desde março do ano passado. Em cerimônia acompanhada por familiares de alguns dos mortos nos ataques, Obama colocou ontem uma coroa de flores no Marco Zero, o local onde estão sendo construídas duas novas torres do World Trade Center. Depois do evento, Obama se reuniu com cerca de 60 familiares de vítimas do atentado da Al Qaeda. A vários deles, disse: "Nós nunca vamos nos esquecer" (Por Álvaro Fagundes, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
'Morte de Bin Laden mandou uma mensagem para o mundo', diz Obama durante tributo a vítimas do 11 de setembro em Nova York
Obama-1, Osama-0

10. ONU cobra explicações dos Estados Unidos sobre morte de Bin Laden


O investigador independente para as Execuções Extrajudiciais da Organização das Nações Unidas (ONU), Christof Heyns, cobrou do governo americano a divulgação de detalhes sobre a operação que levou à morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden. Segundo ele, os peritos devem avaliar a legalidade da operação. Em comunicado divulgado hoje, Heyns apelou ao presidente Barack Obama: “O governo norte-americano deve revelar os fatos para permitir uma avaliação com base nos princípios legais internacionais de direitos humanos”, disse ele. “É especialmente importante saber se o planejamento da missão permitia um esforço para capturar Bin Laden”. A cobrança de Heyns vai ao encontro da posição de outros representantes da ONU, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e de organizações de direitos humanos. O governo dos Estados Unidos afirma que o ataque foi planejado de acordo com as leis norte-americana e internacional (Jornal do Brasil). Leia mais em:
Um assassinato legal? Conheça os argumentos dos que defendem a legalidade da operação contra Bin Laden

11. “A névoa sobre Abbottabad”


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, justificou a sua decisão de proibir a divulgação das imagens do cadáver de Osama Bin Laden, consideradas chocantes pelas autoridades americanas que as viram, argumentando que serviriam para insuflar a violência contra o país, sem dissipar - paradoxalmente, é o caso de dizer - os boatos que percorrem o mundo muçulmano segundo os quais a operação contra o líder da Al-Qaeda foi uma farsa, e ele continua vivo em algum lugar. Na realidade, onde quer que exista, o ódio ao que os Estados Unidos são e representam se nutre de si mesmo e dispensa pretextos novos. E, a julgar pelo que a chamada rua árabe vem demonstrando, é pouco provável que a morte documentada de Bin Laden atraia massas de jovens para a causa assassina que ele encabeçava. O risco é outro e não se limita à questão das fotos - que cedo ou tarde vazarão, como os paquistaneses já vazaram as fotos de três homens de Bin Laden mortos na invasão do complexo que ocupavam. Quanto mais duradoura for a névoa que encobre a operação levada a cabo na cidade paquistanesa de Abbottabad, mais disseminadas serão as suspeitas de que os Estados Unidos têm motivos inconfessáveis, muito além do que exigiria a sua segurança nacional, para sonegar a verdade sobre a cadeia de eventos que culminaram com a eliminação do seu mais odiado e temido inimigo. Para piorar o clima de perplexidade que parece envolver a opinião pública mesmo em países simpáticos aos EUA, Washington contribui não apenas com o que guarda, mas com o que apresenta (O Estado de S.Paulo – Editorial).

12. “(In) Coerências”


Como todo bom político, pode-se encontrar nos discursos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, trechos que confirmam suas ações, e outros que parecem contradizê-las. O combate ao terrorismo tem características tão delicadas e peculiares que dificilmente uma decisão no campo moral não terá conseqüências políticas, ou será contestada pela realidade (Por Merval Pereira, O Globo).

13. “O terrorismo após Bin Laden”


A eliminação de Osama Bin Laden por forças especiais dos Estados Unidos constitui uma vitória significativa contra o terrorismo global. No entanto, é um marco, e não um momento decisivo na luta que continua sem um fim previsível. O significado do que foi realizado decorre, em parte, da importância simbólica de Bin Laden. O líder da organização terrorista Al-Qaeda era um símbolo porque representava a capacidade de ferir profundamente os EUA e o Ocidente. Agora, o ícone foi destruído. Outra consequência positiva é a eficiência demonstrada nas operações de contraterrorismo realizadas pelos soldados americanos. Como resultado, alguns terroristas, pelo menos esperamos, talvez decidam tornar-se ex-terroristas - e alguns jovens radicais talvez pensem duas vezes antes de abraçar o terrorismo. No entanto, toda a comemoração precisa ser temperada por alguns aspectos da realidade. A morte de Bin Laden, embora aplaudida, de modo algum deve ser considerada o fim do terrorismo (Por Richard N. Haass, Project Syndicate – é ex-diretor de planejamento político do Departamento de Estado dos EUA e presidente do Conselho de Relações Exteriores -, em artigo em O Estado de S.Paulo).

14. ''É preciso ir ao Paquistão para combater o terror''


O fato de Osama Bin Laden ter sido encontrado no Paquistão reforça a posição do Afeganistão de fazer a luta contra o terrorismo cruzar a fronteira. Mas não prejudica a aproximação entre os dois países, uma vez que o presidente Hamid Karzai precisa de Islamabad para alcançar o principal objetivo de sua agenda: negociar a paz com o Taleban. A análise é do cientista político Niamatullah Ibrahim, pesquisador do Afghanistan Watch, de Cabul. Em entrevista ao Estado, pelo telefone, Ibrahim diz que há uma crescente impaciência no Afeganistão com a falta de resultados da luta contra a insurgência - que só ganha força no país - e também de melhoras na economia e na infraestrutura. De acordo com o analista, no entanto, essa insatisfação não se traduz em apoio ao Taleban, exceto no sul do país, seu reduto tradicional (Por Lourival Sant'Anna, O Estado de S.Paulo).

15. EUA lançam arquivo eletrônico de bens culturais roubados por nazistas


Em colaboração com países europeus, os Estados Unidos vão disponibilizar uma base de dados pela internet sobre objetos roubados ou extraviados durante o nazismo. O site (www.archives.gov/research/holocaust/international-resources ) foi lançado oficialmente ontem em Washington em cerimônia da qual participaram dirigentes dos arquivos nacionais de vários países. "Este projeto faz da história um instrumento da justiça", resumiu James Hastings, coordenador do projeto dos Arquivos Nacionais em Washington. "Pesquisadores de todo o mundo podem utilizar a partir de agora um ponto único de entrada para ter acesso a estes documentos digitalizados", declarou David Ferriero, diretor dos Arquivos Nacionais americanos (AFP).

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