Newsletter Conib - 25-07-11

Conib destaca
Segunda-feira, 25 de Julho de 2011
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários

1. Militar peruano denuncia presença iraniana na América do Sul
O general Francisco Contreras, ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas peruanas, advertiu que “é preocupante” a crescente presença iraniana na América do Sul. E fez um apelo: “O mundo precisa agir para combater a crescente presença de organizações terroristas apoiadas pelo Irã em toda a América do Sul”. "Creio que organizações iranianas fornecem suporte para outros grupos terroristas na América do Sul”. “Parece haver uma cooperação entre eles", advertiu ele em entrevista concedida durante visita a Israel (Por Yaakov Ketz, The Jerusalém Post).

2. “Pedido de reconhecimento na ONU deflagra guerra diplomática entre palestinos e israelenses”
O embate final da acirrada disputa diplomática travada nos últimos meses entre palestinos e israelenses tem data e local marcados: setembro, na sede das Nações Unidas, em Nova York. É quando deverá ser avaliado o pedido para que a Palestina seja aceita como membro da ONU. Embora seu efeito seja mais simbólico do que prático, o gesto deflagrou uma guerra de lobbies que provavelmente durará até o último minuto. Nas próximas semanas, três ministros israelenses estarão em países da América Latina com a missão de convencer os governos a não apoiar a ambição palestina. Ao menos um deles, o ministro das Finanças, Yuval Steinitz, passará pelo Brasil. O objetivo do governo israelense é alertar que a iniciativa palestina pode significar o fim das negociações de paz. Os palestinos também espalham seus enviados pelo mundo em busca de apoio. Nas últimas semanas o foco foi a Ásia e Oceania, onde países importantes como Japão e Austrália não reconheceram o Estado palestino (Por Marcelo Ninio, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Palestinians 'forced' into UN bid, says Abbas

3. ''Atual posição brasileira é perturbadora''


“A posição brasileira é perturbadora e reflete uma série de equívocos sobre a essência do conflito. Há aqueles que acreditam que a disputa só é territorial e iniciou-se no ano de 1967. Ela seria resolvida, portanto, com base nas fronteiras daquela época. Mas o conflito não começou em 1967. A rejeição árabe ao Estado judeu é anterior. E eles ainda não estão prontos a reconhecer nosso direito de existência. É essa a essência do conflito”, disse o vice-premiê israelense, Moshe Yaalon, em entrevista ao Estado (Por Roberto Simon, O Estado de S.Paulo – edição de 24/07).

4. ‘Lula abriu o caminho, Dilma está seguindo’


Em entrevista ao Estado, o chanceler palestino, Riad Malki, disse que a decisão do Brasil de votar pelo reconhecimento palestino na ONU, em setembro, é “encorajadora”. “A posição da presidente Dilma Rousseff é excelente e muito encorajadora. As relações entre o Brasil e a Autoridade Palestina não poderiam ser melhores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu reconhecer o Estado palestino, no fim de 2010. Foi um marco nas nossas relações. Agora, Dilma está seguindo o caminho aberto por ele. Sentimos que o Brasil defende os direitos dos palestinos” (Por Roberto Simon, O Estado de S.Paulo – edição de 24/07). Leia mais em:
Lula ofereceu ''bons ofícios'' a líder palestino

5. Artistas brasileiros ignoram boicote a Israel


Gilberto Gil voltou a se apresentar ontem em Israel, no segundo show do cantor no país em três meses. Como na primeira apresentação, Gil ignorou a campanha de boicote a Israel. Nos últimos anos, todo artista estrangeiro que anuncia apresentações no país é alvo de uma enxurrada de emails de ativistas pró-palestinos pedindo que mude de ideia. Em sua passagem anterior por Israel, em abril, Gil contou à Folha que recebeu "uma quantidade enorme" de emails da campanha pelo boicote a Israel, mas não pensou em mudar de planos. Pela longa relação com Israel, onde já se apresentou sete vezes, e por não considerar o gesto justificado, o cantor disse que o boicote ao Estado judeu estava fora de questão.  "Mandei responder que sou frequentador costumeiro de Israel, tenho diálogo fácil, natural com o país, uma receptividade muito grande", disse Gil. "Gostaria também de ir à Palestina. O dia que me chamarem eu vou” (Por Marcelo Ninio, Folha de S.Paulo).

6. “Ditadores e Israel”


A possível declaração unilateral da independência da Palestina em setembro constituirá um desafio para as diplomacias europeias e norte-americana. A Europa e os Estados Unidos devem fazer todo o possível para evitar divisões. Na Europa, a Alemanha, com uma tradição de equilíbrio político em relação ao conflito entre Israel e os palestinos, desempenhará um papel central. Neste momento, o país busca encontrar uma posição que una os europeus, com o apoio dos Estados Unidos. Espera-se que a iniciativa alemã prevaleça. Portugal tem todo o interesse em apoiar os esforços diplomáticos de Berlim. Deve, por exemplo, utilizar as boas relações com países árabes moderados, como Marrocos e mesmo a Tunísia, de forma construtiva. Portugal deve resistir não só à ilusão de que poderia ser uma "ponte" entre o Ocidente e os regimes árabes e islâmicos mais radicais, como à tentação de criticar Israel para ter o apoio de muitos. Há valores mais importantes do que contas diplomáticas. E Portugal deve seguir dois princípios em relação ao "grande Oriente Médio". Em primeiro lugar, alinhar seus interesses com os dos seus principais aliados, como os Estados Unidos e a Alemanha. Em segundo lugar, deve apostar no apoio à consolidação das reformas políticas no Norte de África (Por João Marques de Almeida, Econômico).

7. Israel intercepta barco com palestinos que transportava armas


A Marinha israelense interceptou hoje no Mar Morto um barco com dois palestinos a bordo que transportavam armas, informou um porta-voz militar. Foram encontrados na embarcação vários fuzis kalashnikov, munição e outras armas, disse a fonte, acrescentando que os dois palestinos foram detidos e interrogados pelas forças de segurança. O porta-voz não soube dizer o local exato onde a embarcação foi localizada nem de onde ela vinha. A rádio militar, no entanto, divulgou que o barco era procedente da Jordânia (AFP). Leia mais em:
Israeli military intercepts boat with weapons on Dead Sea, arrests 2 Palestinians on board

8. “O terror na terra da paz”

Uma das razões levantadas sobre os atentados de sexta-feira na Noruega seriam os Acordos de Oslo, assinados em 1993 pelas delegações de Israel e dos territórios palestinos – momento mais próximo que se chegou sobre um entendimento entre os dois lados do conflito. Outra possibilidade, que acabou se concretizando, era que o autor do atentado fosse um ativista ultranacionalista. De qualquer forma, Andrés Breivik conseguiu fazer mais mal a seu país do que as hordas de imigrantes que ele tanto temia (Por Duda Teixeira, Veja).

9. Autor dos ataques na Noruega, que escreveu manifesto 'neonazista', quer ir fardado à audiência de hoje em tribunal


A polícia da Noruega informou que o norueguês que assumiu a autoria dos dois ataques que mataram pelo menos 93 pessoas vai comparecer à Corte na manhã de hoje, para explicar os motivos que o levaram a cometer os crimes. Anders Behring Breivik, de 32 anos - que escreveu um manifesto de 1.500 páginas de cunho xenófobo e neonazista, contra marxistas e imigrantes islâmicos na Europa - pediu para comparecer de uniforme à audiência com o juiz, informou seu advogado. Ainda não se sabe se a audiência será pública ou fechada. “Ele tem dois desejos: o primeiro é que a audiência seja pública e o segundo é que possa vestir-se de uniforme”, disse o advogado Geir Lippestead à televisão NRK (O Globo). Leia mais em:
“Terror em Oslo” (O Estado de S.Paulo – Editorial)

10. Irã pede informação oficial do plano russo para negociação nuclear


O Irã pediu à Rússia informação oficial com os detalhes do plano desse país para prosseguir as conversas sobre o programa nuclear iraniano entre Teerã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o Grupo 5+1, informou a agência local Isna.  O ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, assinalou que a proposta de seu colega russo, Serguei Lavrov, para a retomada das conversas "passo a passo" demonstra "os esforços de Moscou para abrir portas, mas o Irã precisa ser informado da proposta em detalhes e oficialmente" (EFE).

11. “Cidade de Hama oferece vislumbre de Síria pós-Assad”


Na cidade síria de Hama, que ostenta as cicatrizes de um dos episódios mais sangrentos do Oriente Médio moderno, a revolta contra o presidente Bashar al-Assad começa a ajudar os sírios a imaginar como pode ser a vida após a ditadura, e faz isso ao forjar novos líderes, organizar a sua própria defesa e lidar com um passado sombrio como escudo em um experimento que demonstra as forças que poderiam colocar fim ao governo do atual presidente. Dezenas de barricadas de latas de lixo, postes de iluminação pública, caminhões e sacos de areia, defendidos em vários estados de vigilância, impedem o retorno das temidas forças de segurança que, surpreendentemente, deixaram a área no mês passado. Protestos começam à meia-noite, atraindo multidões de jovens barulhentos que celebram o simples fato de poder protestar (Por Anthony Shadid, The New York Times, em artigo no Ultimo Segundo).

12. “Crueldade americana”

Há 25 anos Jonathan Pllard, analista do serviço secreto da Marinha americana, transferiu ao governo de Israel informações sigilosas que revelavam preparativos de Saddam Hussein para construção de uma usina nuclear com finalidades bélicas. Esta revelação levou Israel a destruir a usina iraquiana de Uzirak. Na época, o Conselho de Segurança condenou Israel. Mas anos depois, houve reconhecimento da propriedade da iniciativa israelense. Hoje, autoridades de direito internacional louvam a oportunidade escolhida – quando a usina ainda não representava perigo -, ao invés de aguardar para destruí-la quando estivesse concluída, o que causaria irradiação nuclear com grande número de vítimas. Pollard admitiu ter passado as informações, em troca de um acordo proposto pelo governo americano. Mas Pollard acabou condenado à prisão perpétua. E, apesar dos apelos de várias administrações israelenses, Pollard não obteve autorização para visitar seu pai doente e comparecer ao enterro de sua mãe há alguns anos (Por Jacob Dolinger – é professor de direito internacional -, em artigo em O Globo)

13. “Da Primavera Árabe ao futuro tecnológico”

Como tantos outros jovens do Cairo, Yasmine el Mehairy, 30, não via futuro no Egito. Então veio a praça Tahrir (Libertação). Seis meses depois da rebelião liderada por pessoas como ela, que derrubou o ditador Hosni Mubarak e a ordem estabelecida no mundo árabe, Mehairy uniu-se às fileiras da mais nova classe empresarial do Egito: os empresários da Primavera Árabe. Em vez de deixar o país como havia planejado, ela vai ficar para cuidar de uma nova empresa chamada "SuperMama", um site da web em língua árabe para mulheres, que já tem dez funcionários locais. "A revolução realmente fez minha geração acreditar em si mesma", diz Mehairy, 30. Se os egípcios podem derrubar Mubarak, ela se pergunta, o que mais poderiam realizar? Ela espera capitalizar o fato de que as mulheres formam quase a metade dos usuários da Internet no Egito. A esperança de grande parte da população é de que com pouco dinheiro e muito trabalho o Egito possa alavancar sua enorme população jovem - mais da metade tem menos de 29 anos - e uma forte reserva de talento técnico. Os baixos custos de abrir uma empresa na internet poderão transformar o Egito em um dos pontos quentes do empreendedorismo na região (Por Hannah Seligson, The New York Times, em artigo na Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Egípcios voltam às ruas e exigem governo civil
Líder de Egipto: Respetaremos todos los tratados firmados

14. “Toda a vida europeia morreu em Auschwitz”


“Desci uma rua em Barcelona, e descobri repentinamente uma verdade terrível. A Europa morreu em Auschwitz. Matamos seis milhões de Judeus e substituímo-los por 20 milhões de muçulmanos. Em Auschwitz queimamos uma cultura, pensamento, criatividade, e talento. Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido, porque era um povo grande e maravilhoso que mudara o mundo. A contribuição deste povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comercio internacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo. Este é o povo que queimamos”. O artigo acima foi escrito por um não-judeu - o escritor espanhol Sebastian Vilar Rodriguez – e publicado por um jornal espanhol em 15 de janeiro de 2008. Nunca veremos este gênero de artigo na nossa imprensa. Ele ofenderia muitas pessoas. Não é preciso muita imaginação para extrapolar a mensagem ao resto da Europa e possivelmente ao resto do mundo (Por Júlio Ferreira, BrasilWiki).

15. Programa indenizatório busca sobreviventes do Holocausto que residem no Brasil


A Claims Conference, uma organização internacional que luta pelos direitos dos sobreviventes do Holocausto, enviou delegação ao Brasil para localizar vítimas do nazismo e avaliar sua situação. As verbas indenizatórias para estes sobreviventes, oriundas de governos europeus, são repassadas pela organização a agências de suporte em todo o mundo, por meio de programas que visam melhorar a condição de saúde dos sobreviventes que comprovarem situação de risco ou vulnerabilidade. Charles Rose, da Claims Conference, esteve no Brasil, entre os dias 18 e 21 de julho, para reuniões com a agência oficial de suporte no Brasil, a Unibes - União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social. Um dos objetivos do encontro foi orientar e formalizar as novas regras de atendimento dos programas destinados aos serviços relacionados à saúde dos sobreviventes. As entidades buscam também sobreviventes, ainda não cadastrados, que residam no território nacional e necessitem de auxílio (Conib).

Indicações de vídeos e textos:
(visite nosso novo site: WWW.conib.org.br  )

Israel evalúa cancelar los Acuerdos de Oslo

Jerusalén: Manifestantes bloquean la entrada al Parlamento con un muro

Jerusalem tries to get its cultural groove on

New York Times: “Clima de ódio no discurso político encorajou indivíduos violentos”

Turkey threatens diplomatic action pending Israel apology for Gaza flotilla raid

Conib destaca
Domingo, 24 de Julho de 2011
Por Celia Bensadon

1. “Dilma, Patriota, Lorca e Victor Jara”

Dilma Rousseff e o chanceler Antonio Patriota estão entre as pessoas que lembram com tristeza o episódio da Guerra Civil Espanhola em que os franquistas fuzilaram o poeta Federico García Lorca. Ele tinha 38 anos. Ou ainda a execução do cantor chileno Victor Jara, em 1973, no Estádio Nacional de Santiago, depois do golpe do general Pinochet. Nos dois casos, a diplomacia brasileira ficou do lado dos assassinos. Nenhum dos dois acreditaria se Madame Sesostris, uma famosa vidente, lhes dissesse que o destino poderia lhes reservar o mesmo papel. O governo brasileiro dá um discreto apoio ao ditador sírio Bashar al Assad que, em quatro meses de repressão, matou cerca de 1.500 pessoas. Os manifestantes sírios cantam um hino que, numa tradução livre, chama-se "Pede pra Sair, Basher". O autor da canção seria Ibrahim Qashoush, cujo corpo, degolado, foi achado num rio no início do mês. O repórter Anthony Shadid ressalva que, como muitas histórias vindas da Síria, não se pode garantir que o morto seja o da "andorinha da Revolução". No dia 20, o vice-ministro sírio Fayssal Mikdad passou por Brasília, esteve com Patriota e permitiu-se o seguinte relato: "O ministro Patriota expressou como seu país aprecia as reformas do presidente Assad, indicando que o diálogo político é a melhor forma para resolver os problemas" (Por Elio Gaspari, Folha de S.Paulo).

2. “Brasil apoia palestinos na ONU e irrita Israel”


O governo Dilma Rousseff já se decidiu: em setembro, quando a Autoridade Palestina pedir para se tornar o 194.º país-membro da ONU, terá o voto brasileiro. A garantia de apoio foi passada ao presidente palestino, Mahmud Abbas, por um mensageiro especial de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, há menos de um mês. Lula prontificou-se ainda a pessoalmente ajudar Ramallah a conquistar votos de países em desenvolvimento. Israel, do outro lado, tenta agora uma ofensiva para "contenção de danos". Dois integrantes do primeiro escalão do governo estão a caminho do Brasil. Um deles, Moshe Yaalon, vice do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu (mais informações na página A19), solicitou um encontro com Dilma - que deverá ser recusado pelo Planalto. Os israelenses sabem que ao final não conseguirão reverter a decisão brasileira, mas querem evitar que Brasília "puxe votos" contra Israel. "O objetivo do Brasil é ajudar a criar um fato político que empurre israelenses e palestinos para uma negociação direta. Do jeito que está, o conflito tende a se eternizar", explicou ao Estado o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "A questão palestino-israelense é o foco de desestabilização do Oriente Médio", defendeu Garcia (Por Roberto Simon, O Estado de S.Paulo).

3. Noruega: autor de ataque divulgou manifesto neonazista e anti-islâmico


A polícia da Noruega confirmou que um manifesto de 1.500 páginas com conteúdo anti-islâmico e nazista foi publicado por Anders Behring Breivik na sexta-feira, horas antes do duplo ataque que matou 93 pessoas em Oslo. Com o nome de "Andrew Berwick" na capa como autor, o documento detalha os preparativos da ação, destacando "o uso do terrorismo como um meio de despertar as massas", e admite que será lembrado como "o maior monstro nazista desde a II Guerra Mundial". Também inclui fotos do norueguês vestido com diferentes trajes e segurando uma arma. O livro online descreve o plano, a fabricação de explosivos e a filosofia em defesa do terrorismo por trás do ataque a bomba no centro de Oslo e o tiroteio no acampamento de jovens do Partido Trabalhista na ilha de Utoeya (G1). Leia mais em:
Autor dos ataques de Oslo preparava ação desde 2009
Líderes muçulmanos do Reino Unido reforçam segurança

4. Israel se solidariza com familiares das vítimas dos atentados


O presidente israelense, Shimon Peres, enviou mensagem de apoio às famílias dos mortos nos atentados de ontem na Noruega e lamentou os ataques: "Isto é uma tragédia que dói e toca cada ser humano", disse ele. "Nada justifica tal violência”, acrescentou. O primeiro-ministro, Benjamin Natanyahu, também condenou os atentados na Noruega, afirmando que Israel se solidariza com os parentes das vítimas e se dispõe a ajudar no que for preciso (DPA e Haaretz)

5. Israel vai rever pagamento de benefícios às famílias de presos por terrorismo


A Comissão Ministerial do governo israelense aprovou um projeto de lei apresentado pelo partido Yisrael Beitenu que prevê a revogação do pagamento de pensão e de outros benefícios às famílias de presos condenados por crimes terroristas. De acordo com o projeto, o ministro do Interior vai avaliar a situação de cada preso e das famílias que recorrerem da decisão (Por Jonathan Lis, Haaretz).

6. Mais de 140 pessoas ficam feridas em enfrentamentos no Cairo


Manifestantes contra a junta militar egípcia e supostos pistoleiros mantiveram neste sábado enfrentamentos perto da sede das Forças Armadas no Cairo, que deixaram mais de 140 feridos, segundo fontes oficiais. Uma passeata de ativistas pró-reformistas partiu da praça Tahrir, palco dos protestos, rumo à sede da junta militar, onde encontrou barricadas montadas pelo Exército e foi recebida com o ataque de pedras e coquetéis molotov de civis. Um alto funcionário do Ministério da Saúde disse à agência estatal "Mena" que até o momento foram registrados 143 feridos (EFE).

7. “'Primavera Árabe' deixa sangue e incertezas”


Pouco mais de sete meses após o início da revolta que ficou conhecida como “Primavera Árabe”, o Oriente Médio e o norte da África ainda navegam num mar de incertezas quando o assunto em questão é o futuro. Revoltas e protestos continuam a pulsar em países como Síria, Iêmen e Egito. Em outras regiões, como a Líbia, a situação é ainda mais tensa, com uma guerra que deixa como única certeza a elevação na contagem diária do número de mortos. A “Primavera Árabe” teve início em 17 de dezembro de 2010, quando um jovem vendedor ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra o confisco de suas mercadorias na Tunísia. O ato desesperador desencadeou uma avalanche de manifestações por melhores condições de vida no país. O presidente Zine El Abidin Ben Ali não resistiu e deixou o poder após 23 anos (Por Andre Rigue, Band).

8. “A primavera delas”

Elas estão nas ruas. De cabelo solto ou escondido pelo véu, as mulheres participaram ao lado dos homens dos protestos que derrubaram ditadores no Egito e na Tunísia. E é na rua que elas devem seguir, manifestando-se, para garantir que a Primavera Árabe -que está completando seis meses- ajude-as a conquistar seus direitos. "Podemos ter a impressão de que as revoltas representam avanços para as mulheres, mas isso depende do sistema político que virá", diz à Folha Adel Abdellatif, chefe do programa de desenvolvimento da ONU no escritório regional para países árabes. "No caso do Iraque, a invasão americana não deu poderes às mulheres", exemplifica. "A questão é se elas terão voz na hora de escrever as novas Constituições." A egípcia Fatemah Khafagy, da ONG Alliance for Arab Women, concorda - e aponta que o momento é propício para progressos, mas também traz o risco de retrocessos. A ativista teme que, com a ascensão de grupos radicais islâmicos, as mulheres percam direitos na região (Por Diogo Bercito, Folha de S.Paulo).

9. Jóia perdida em Jerusalém é encontrada após 2.000 anos


Uma joia, em forma de um pequeno sino, perdida em Jerusalém há dois milênios foi descoberta durante escavações perto da Cidade Velha, anunciou o Departamento israelense de Antiguidades. O artefato, de ouro puro, estava numa antiga tubulação de água perto da fonte de Siloé, no bairro palestino de Silwan, na Jerusalém Oriental ocupada e anexada. Arqueólogos estimaram que a joia teria sido perdida provavelmente por um grande sacerdote do Templo que, segundo a Bíblia, usava esse tipo de ornamento (AFP).

10. “Memórias de adolescência”


Nanette Konig fala do reencontro com a colega de escola Anne Frank no campo de concentração onde a autora do diário morreria. Nanette tropeça em alguns adjetivos. Também confunde "lá" com "aqui" de vez em quando. Escorregadelas perdoáveis para quem carrega o holandês como primeiro idioma, o inglês como segundo e o português como língua de adoção. Mas Nanette Blitz Konig não se desorienta no tempo nem no espaço. Sem titubear, relata como ela e Anne Frank se reapresentaram em 1945, no campo de concentração alemão de Bergen-Belsen: esqueléticas, esquálidas, anêmicas, quase zumbis. Não tinham mais carne; só os ossos do quadril saltavam. Enrolada num cobertor, Anne tremia feito vara verde. Despira-se das roupas empestadas de piolhos, mas não a tempo de evitar a contaminação pelo tifo endêmico (Por Mônica Manir e Carol Pires, O Estado de S.Paulo).

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Sábado, 23 de Julho de 2011
Por Celia Bensadon

1. Cantora judia britânica Amy Winehouse é encontrada morta


A cantora judia britânica Amy Winehouse, de 27 anos, foi encontrada morta em sua casa no norte de Londres. A polícia não soube informar a causa da morte. "As causas da morte ainda estão sendo investigadas”, disse um porta-voz da polícia. A gravadora de Winehouse, Universal, divulgou nota afirmando: "Estamos profundamente tristes com a morte súbita e prematura dessa grande e talentosa artista”. "Nossas orações vão para os familiares, amigos e fãs de Amy neste momento difícil”, diz a nota (Reuters).

2. Manifestantes protestam em Tel Aviv contra alta dos preços


Dezenas de pessoas saíram às ruas em Tel Aviv para protestar contra a alta dos preços e a crise no setor de habitação. Os manifestantes saíram do Boulevard Rothschild em direção a Tel Aviv Museum, onde eles ouviram discursos de vários líderes que pediram ao governo uma solução para a crise de moradias e o alto custo de vida. O protesto foi organizado por líderes de acampamentos recém montados em todo o país para exigir solução para a falta de moradias (Por Ilan Lior, Haaretz). Leia mais em:
Tens of thousands rally in Tel Aviv for affordable housing

3. Irã diz que cientista nuclear é assassinado em Teerã


Um cientista nuclear iraniano foi morto na capital Teerã no sábado, segundo informou a agência de notícias Isna, sem revelar o nome da vítima. "Um cientista nuclear iraniano foi assassinado em frente à casa dele hoje... e sua esposa também foi ferida", disse a agência. A agência iraniana de notícias semi-oficial Mehr, citando uma fonte policial não identificada, disse que a polícia está investigando o assassinato que ocorreu na área leste de Teerã. Em novembro do ano passado, o cientista nuclear iraniano Massoud Ali Mohammadi foi morto por uma bomba acionada por controle remoto em Teerã. Na época, o Irã acusou o serviço secreto israelense, o Mossad, pelo assassinato. Israel, assim como outros países ocidentais como os EUA, há tempos acusam o Irã de usar seu programa nuclear como possível fachada para a construção de bombas (BBC Brasil). Leia mais em:
Irán impedirá la entrada de relator de D. Humanos de la ONU

4. Em clube de boxe, palestinos e judeus se reúnem para lutar do mesmo lado


Em um abrigo contra bombardeios adaptado, em uma área decadente do oeste de Jerusalém, palestinos e judeus israelenses se encontram diariamente para brigar.
A troca de socos, no entanto, geralmente termina com sorrisos e cumprimentos afetuosos. Tudo não passa de um treino no único clube de boxe que reúne na mesma equipe judeus, árabes e russos em competições. "Isso não é guerra, mas esporte", diz Gershon Luxemburg, 66, imigrante do Uzbequistão que dirige o Jerusalem Boxing Club há 30 anos. "Jamais houve troca de insultos entre os garotos." O mais jovem do clube tem oito anos, o mais velho já passou dos 60. E há espaço também para garotas. "Vou contar um segredo -um dos garotos árabes está apaixonado por uma das judias", revela Luxemburg, ao responder se os palestinos e judeus se dão bem no ringue (The Guardian, em artigo na Folha de S.Paulo).

5. Palestinos e israelenses disputam na Justiça direito de exploração arqueológica


Israelenses e palestinos disputam na Justiça o direito de explorar o solo abaixo de moradias localizadas próximas a sítios arqueológicos, em Jerusalém. Na parte ocidental da cidade foi inaugurada uma exposição com objetos encontrados durante a  exploração das ruínas do primeiro templo construído pelo Rei Salomão, há 3.000 anos. No pequeno museu, entre as peças históricas encontradas pelos arqueólogos, uma das mais importantes é um pedacinho de pedra, com menos de 2 cm. Na pedra, resta uma mensagem que o governador de Jerusalém da época recebeu de um faraó egípcio. Segundo a curadora do Departamento de Antiguidades de Israel, essa foi, até hoje, a peça mais antiga já encontrada (R7).

6. Exposição “Nazismo em Pernambuco” acontece em agosto


A exposição “Nazismo em Pernambuco” vai mostrar a chegada dos alemães no Estado e suas tentativas de organizar um movimento no Brasil. Os encontros ocorreram de 1932 a 1938, quando o movimento foi proibido em solo brasileiro. A partir daí, eles passaram à clandestinidade e foram acompanhados de perto, na época, pelo serviço de espionagem brasileiro. O governo federal queria acompanhar  cada passo dos alemães no país. O tema vai ilustrar a exposição Nazismo em Pernambuco, que está sendo organizada pelo Arquivo Público do estado, com base em dados do Dops, responsável pela espionagem durante o período. O evento ocorrerá em agosto e pretende contar a história da presença nazista no Estado, mostrando as atividades partidárias e a espionagem, além da atuação do Dops na vigilância ostensiva aos estrangeiros, seguida de perseguições e prisões (Blog Folha).

7. “Fantasmas do nazismo emergem do mar no Brasil”


Descoberta de submarino alemão da Segunda Guerra inicia pesquisas sobre militares e embarcações do Reich no país. À frente do submarino alemão U513, afundado no litoral catarinense durante a Segunda Guerra Mundial e encontrado na semana passada, estava uma personalidade peculiar. Uma pesquisa conduzida pelo velejador Vilfredo Schürmann, que liderou as buscas pela embarcação e fará um documentário sobre ela, trouxe novas revelações a respeito de Karl Friedrich Guggenberger. Após conversar com o piloto de um dos hidroaviões que bombardeou o submarino e de analisar registros sobre a operação, executada pelos EUA, Schürmann prepara-se para continuar o levantamento na Alemanha, onde quer entrevistar os filhos do militar nazista. O capitão-de-corveta Guggenberger é um exemplo de como muitos nazistas proeminentes escaparam relativamente impunes ao fim do regime. Foi preso, mas, anos depois, reingressou na Marinha alemã, já totalmente reformulada, e até ocupou um alto cargo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na guerra, Guggenberger deu trabalho para os Aliados. Condecorado com a Cruz de Ferro, a maior honraria do Reich, o militar afundou 17 navios, levando 70 mil toneladas de carga para o mar. E tripudiou dos americanos, facilitando a fuga de prisioneiros de guerra dos EUA para o México (Por Renato Gandelle, O Globo).

8. “Primeiros passos na frente africana”


Sem muita ressonância na própria imprensa brasileira, o ministro Antonio Patriota embarcou na semana passada para a África e volta na próxima sexta, depois de percorrer cinco países: pela ordem, Guiné-Bissau, Angola, Namíbia, África do Sul e Guiné (Conacri). E as duas primeiras escalas parecem ter bastado para tirar as dúvidas quanto à política africana iniciada no governo Lula: ela veio para ficar e é menina dos olhos da cooperação Sul-Sul, por sua vez um dos pilares da política externa. Quem acompanha a viagem garante: o chanceler está impressionado com "a simpatia que o presidente Lula plantou", e determinado a deixar clara a disposição de Dilma Rousseff para não deixar o samba morrer (Por Silvio Queiroz, Correio Braziliense).

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