“A oração universal de Roberto”



A mesquita ao lado da sinagoga e da igreja católica, numa espécie de comboio alegórico que compunha o cenário do espetáculo. As canções em espanhol se misturando às em italiano, português e hebraico. A oliveira de papel, o violino klezmer, a bossa nova, o hino gospel. Roberto Carlos acendeu a noite como se tivesse uma menorá gigante nas mãos na noite de quarta, em seu primeiro show no Oriente Médio, em Jerusalém. Vestiu-se todo de branco e ambicionou propor um pacto de não agressão - ou, mais que isso, um armistício definitivo entre os que o pudessem ouvir nessa região em que os garotos andam pelas ruas dia e noite com jeans e metralhadoras. Mas as cerca de 6 mil pessoas que foram ao Sultan"s Pool de Jerusalém já eram convertidos, verdadeiros devotos do "Rei" Roberto Carlos. Convertidos e devotos porque quase todo o público era de brasileiros - alguns vieram em pacotes turísticos, a maioria mora mesmo em Israel ou na Palestina, e uniram-se em corais fabulosos de apoio, como na balada Outra Vez. Se alguém não botava fé no show de Roberto no Oriente Médio, se deu mal, porque como dizia o Gilberto Gil, não costuma "faiá" esse negócio: "A força da fé nos ajuda a prosseguir", anunciou o cantor (Por Jotabê Medeiros, O Estado de S.Paulo). Leia mais em:
O milagre do Rei Roberto

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