Newsletter Conib - 3-06-11

Conib destaca
Sexta-feira, 3 de Junho de 2011
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários

1. 'Respeitamos o judaísmo como religião divina', diz embaixador do Irã no Brasil


"Não existe um conflito entre muçulmanos e judeus. Nós respeitamos o judaísmo como religião divina", argumentou o embaixador do Irã em Brasília, Mohsen Shaterzadeh em palestra na Faculdade de Relações Internacionais da FGV, em São Paulo. Em seguida, ele não demonstrou constrangimento ao justificar as polêmicas declarações do presidente Mahmoud Ahmadinejad, nem mediu suas críticas aos governos israelense e norte-americano. "Israel é um tumor cancerígeno no Oriente Médio. Os maiores crimes contra a humanidade foram criados em Israel", disse, referindo-se às denúncias de violação de direitos humanos nos territórios palestinos ocupados. A relação conflituosa entre persas e israelenses deteriorou-se ainda mais a partir de 2005, quando o presidente Ahmadinejad declarou que o Estado de Israel deveria ser "varrido do mapa", além de não reconhecer o Holocausto que vitimou seis milhões de judeus ao longo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em sua fala, que durou pouco mais de uma hora, Shaterzadeh argumentou que seu país não desaprova o judaísmo e não tem problemas com judeus (Por Daniella Cambaúva, Opera Mundi).

2. Representante da UE no Brasil defende reforma do Conselho de Segurança


Há duas semanas em Brasília, a nova representante da União Europeia (UE) no Brasil, a embaixadora Ana Paula Zacarias, defendeu a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Porém, a diplomata foi cautelosa para apoiar a candidatura do Brasil a uma vaga permanente em eventual mudança na atual estrutura do órgão. No entanto, ela disse que o Brasil tem condições para fazer campanha e tentar concretizar este desejo. “É preciso reformar o sistema dos organismos internacionais, isso vai além do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Há uma disposição da União Europeia favorável à mudança. Mas cabe a cada país opinar”, disse a embaixadora na sua primeira entrevista coletiva. Segundo Ana Paula Zacarias, o Brasil apresenta condições para defender sua candidatura a membro permanente do conselho. “O Brasil é um dos grandes atores internacionais do momento, defendendo os direitos humanos e o multilateralismo, isso deve ser valorizado” (Agência Brasil).


3. Plano de paz francês prevê reconhecimento de Estado judeu pelos palestinos


O plano de paz proposto pela França prevê o reconhecimento do Estado judeu pelos palestinos. “A nossa proposta é de dois Estados para dois povos e não apenas uma solução de dois Estados”, disse o chanceler francês, Alain Juppé. O ministro francês levou ontem a proposta ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, depois de ter ido a Ramallah apresentá-la aos palestinos. O plano prevê a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967, mas com acordo entre as partes sobre trocas de terras e garantias de segurança para os dois Estados (Por Barak Ravid, Haaretz). Leia mais em:
Barak to Juppe: Israel cannot negotiate with Hamas
França convida Israel e Palestina para uma reunião de paz

4. “Declaração de Estado palestino será inevitável em setembro”


O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, atual enviado do Quarteto (EUA, Rússia, União Europeia e ONU) para o Oriente Médio, disse recentemente que o presidente americano, Barack Obama, está muito preocupado com as consequências de uma declaração unilateral de Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro. Ao deixar a chefia da Agência Israelense de Segurança (ShinBet), Yuval Diskin afirmou que Israel não tem como impedir que a assembleia aprove o pedido de reconhecimento palestino. A opinião foi compartilhada no mesmo dia pelo vice-ministro israelense do Exterior, Danny Ayalon, que disse que o país é impotente no caso. A proposta de reconhecimento de um Estado palestino com Jerusalém como capital deve ser apresentada pela Liga Árabe (Por Nahum Sirotsky, Ultimo Segundo).

5. Exército israelense fica em alerta para o aniversário da Guerra dos Seis Dias


O Exército israelense foi colocado em estado de alerta devido às possíveis manifestações palestinas durante as comemorações neste fim de semana da derrota das forças árabes frente Israel durante a Guerra dos Seis Dias (1967), indicou a rádio militar. Foram enviados reforços à fronteira com o Líbano, às Colinas de Golã -- onde se encontra a linha cessar-fogo com a Síria --, à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, segundo a emissora. O exército equipou suas unidades localizadas nas fronteiras com armas antimotim, sobretudo bombas de gás lacrimogêneo, para enfrentar eventuais incursões de manifestantes, acrescentou a rádio (Folha.com). Leia mais em:
Report: Palestinians in Lebanon to postpone 'Naksa Day' march to Israel border

6. Israel diz que empregará firmeza necessária para proteger fronteiras


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que deu às forças de segurança "instruções claras" para que atuem "com comedimento, mas com a firmeza necessária" para impedir nova invasão de fronteiras por manifestantes no fim de semana. "Como qualquer outro país no mundo, Israel vigiará e defenderá suas fronteiras. Portanto, minhas instruções são claras: atuar com comedimento, mas com a firmeza necessária para proteger nossas fronteiras, nossas cidades e nossos cidadãos", disse Netanyahu em conferência em Jerusalém, (EFE e colaboração de Nahum Sirotsky, IG).

7. “Lições de Jerusalém”

Quando se percorre os becos da Cidade Velha de Jerusalém, é possível vislumbrar a paz, cada vez mais destoante da realidade do Oriente Médio e do mundo. Muçulmanos e judeus ultraortodoxos quase se esbarram pelas ruas estreitas, lotadas de cristãos. Ao meio-dia, os árabes apagam as luzes dos estabelecimentos comerciais e saem para a oração na mesquita de Al-Aqsa. O presidente palestino, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bem que poderiam extrair lições desse ambiente mágico de 900 metros quadrados. Jerusalém é um exemplo de que, apesar de tantas diferenças, é possível viver em harmonia (Por Rodrigo Craveiro, Correio Braziliense).

8. Palestinos encontram fronteira do Egito com Gaza menos aberta que o prometido


Dias depois de o Egito anunciar com grande estardalhaço que abriu sua fronteira com Gaza permanentemente, novas restrições foram impostas aos palestinos que querem cruzá-la. As proibições levaram governantes do grupo islâmico Hamas, que controlam a Faixa de Gaza, a demonstrações de frustração e raiva. Apenas três ônibus, transportando um total de 150 passageiros, entraram no saguão da alfândega egípcia na fronteira de Rafah na quarta-feira, enquanto cinco outros ficaram presos do lado palestino, afirmaram autoridades do Hamas duas horas antes do fechamento da passagem. "Desde terça-feira, nós estamos testemunhando complicações que não podemos compreender", disse Salama Baraka, diretora da fronteira. Ela culpou "o lado egípcio pela lentidão em aceitar os viajantes”. De acordo com testemunhas, o Hamas estava considerando, inclusive, fechar a fronteira como sinal de protesto (Por Fares Akram, The New York Times, em artigo no Ultimo Segundo).

9. “Secularismo no resgate da primavera árabe’

A primavera chegou cedo este ano no mundo árabe. A mudança climática despertou o Oriente Médio, antes comatoso, do torpor de lideranças singulares. Uma nova aurora de democracia e liberdade está surgindo, do Marrocos a Omã. Ou, pelo menos, é isso que nos é dito. Fazer previsões meteorológicas é um negócio arriscado. Projeções futuras podem ser tremendamente imprecisas. A despeito dos modelos sofisticados e das imagens obtidas por satélites, o deciframento de padrões meteorológicos é uma ciência inexata. Adivinhar o futuro no Oriente Médio é uma miragem não menos ilusória no calor sufocante do deserto arábico. O pluralismo democrático nunca é uma conclusão dada de antemão (Por Fadi Hakura - é responsável pelo projeto Turquia do instituto britânico Chatham House (Instituto Real de Assuntos Internacionais). Este artigo integra a série "Religião e o espaço público", em colaboração com a Aliança de Civilizações da ONU e seu projeto Global Experts. A opinião expressa é a dos autores, e não necessariamente reflete a da Aliança -, em artigo na Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Crianças mortas são o símbolo da impiedosa repressão na Síria

10. “Em Benghazi, uma luta sem controle contra Gaddafi”


Como parte de sua missão na Líbia, os EUA e seus aliados europeus lançaram um devastador ataque aéreo de alta tecnologia, empregando aviões espiões AWACS, aeronaves não tripuladas e sofisticados sistemas de satélite. Mas, no centro operacional de comando dos rebeldes no leste da Líbia, não há televisores exibindo imagens transmitidas por satélite nem mapas detalhados com coordenadas GPS. Eles não têm nem mesmo uma linha de comunicação direta com seus pares na Otan. Assim, quando um oficial das forças rebeldes no front entrou em contato numa manhã recente solicitando ajuda, o general de brigada Abdulsalam al-Hasi viu-se diante de poucas opções. Ele foi até o outro extremo do corredor e pediu aos conselheiros americanos e europeus em seu centro de comando que ordenassem um ataque aéreo da Otan - e então rezou para que eles agissem rápido. O episódio sublinha um dilema inescapável com o qual o exército rebelde se depara. Depois de mais de três meses de impasse, a luta dos rebeldes para tirar Muammar Gaddafi do poder depende quase totalmente de uma força da Otan que eles não controlam e insiste na afirmação de que seu mandato se restringe à proteção dos civis (Por Sudarsan Raghavan, The Washington Post, em artigo em O Estado de S.Paulo).

11. Ahmadinejad nomeia ministro 'interino' do Petróleo


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nomeou Mohammad Aliabadi como ministro "interino" do Petróleo. A decisão foi tomada após disputa entre Ahmadinejad e o Parlamento, por causa da decisão do presidente de assumir pessoalmente o comando do setor mais estratégico do país. Em comunicado divulgado no site da presidência, Ahmadinejad disse que havia emitido decreto apontando Aliabadi "como o interino no Ministério do Petróleo". Na quarta, o Parlamento iraniano aprovou o envio de uma reclamação ao Judiciário contra Ahmadinejad, acusando-o de se declarar ilegalmente como titular da pasta. A medida parlamentar foi vista em grande medida como simbólica, para mostrar a força da oposição ao presidente, sobretudo entre parte dos conservadores do país (Agência Estado). Leia mais em:
Ahmadinejad nomeia ministro interino do Petróleo no Irã

12. Empresário israelense envolvido em escândalo com Irã é encontrado morto


O empresário israelense Sammy Ofer, de 89 anos, proprietário da Ofer Brothers, empresa envolvida em um escândalo de comércio ilegal com o Irã, foi encontrado morto hoje em sua casa de Tel Aviv. Segundo a rádio pública, Sammy Ofer, que tinha uma fortuna avaliada em mais de 10 bilhões de dólares, morreu em Tel Aviv depois de uma prolongada doença. A morte aconteceu após uma série de revelações sobre as supostas relações do grupo Ofer com o Irã, o que gerou uma forte polêmica sobre enormes lucros sob a fachada de missões de espionagem. O governo dos Estados Unidos incluiu o grupo israelense em uma lista negra porque em setembro de 2010 vendeu um navio-tanque por 8,6 milhões de dólares à empresa iraniana IRISL (Islamic Republic of Iran Shipping Lines), violando o embargo internacional contra Teerã por seu controverso programa nuclear (AFP). Leia mais em:
Business tycoon Sammy Ofer dies amid Iran trade scandal

13. Laboratório israelense desenvolve vacina contra o câncer


O laboratório de biomedicina israelense Vacciguard desenvolveu um sistema biotecnológico que será capaz de produzir vacinas contra alguns tipos de doenças mais letais, como o câncer e a meningite tipo B. "Nossa tecnologia consiste de transmissores próprios de peptídeos (compostos resultantes da união de dois ou mais aminoácidos) derivados de um elemento de proteína chamada Heat Shock Protein 60 (HSP60) que permite um método muito mais eficaz de combater bactérias e vírus", explica Anat Eitan, CEO do Vacciguard. A vacina utilizará antígenos específicos do tumor - proteínas descobertas em uma célula tumoral. Injetando os antígenos na área atingida, o sistema imunológico produzirá uma quantidade elevada de anticorpos ou de linfócitos T citotóxicos, para atacar as células do câncer que carregam esse antígeno específico. As vantagens são claras: "A maioria das vacinas atualmente utilizadas é baseada em um patógeno atenuado ou numa única proteína inteira de uma bactéria ou vírus. Em vez de desenvolver uma vacina específica para cada linhagem, podemos ter alguns aminoácidos a partir do patógeno que é comum em todas as suas cepas e desenvolver uma vacina única que é eficaz contra todas as cepas do patógeno", ressalta o especialista (Por Mauro Wainstock, Jornal do Brasil).

14. Museu de antigo campo de extermínio nazista de Sobibor vai fechar por falta de recursos


O museu do antigo campo de extermínio nazista de Sobibor, no leste da Polônia, onde foram assassinadas mais de 250.000 pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, vai fechar por falta de recursos. "Este é um dos maiores cemitérios da Europa, para muitas pessoas um lugar santo, mas agora tem de fechar as portas", lamentou Marek Bem, um dos responsáveis pelo museu. O museu necessita de um investimento anual de cerca de 250.000 euros e, no último ano, os recursos não chegaram nem a metade desse valor. O antigo campo, situado no município de Wlodawie, na zona fronteiriça com a Ucrânia e a Bielorrússia, depende das autoridades locais, mas a partir de 2012 a sua administração deve ficar a cargo do Ministério da Cultura (Lusa).

15. Após roubo, letreiro de Auschwitz não voltará a portão de campo


A administração do campo de concentração de Auschwitz decidiu que o famoso letreiro Arbeit Macht Frei (o trabalho liberta, em tradução livre) não voltará ao seu portão depois de recuperado dos danos sofridos ao ser roubado, em 2009. A placa, um recado irônico dos nazistas que levavam os judeus para trabalhos forçados, deve ficar em exposição em outro local fechado. Pawel Sawicki, porta-voz do conselho administrativo do campo, disse que a proposta de abrigar o letreiro em local seguro e fechado veio do diretor Piotr Cywinski e foi aceito pelo Conselho Internacional de Auschwitz, órgão de 25 membros formado por sobreviventes do Holocausto, historiadores e outros (AP).

16. Bento XVI recebe Biden e Abbas


O papa Bento XVI recebeu hoje, em audiências separadas, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas. Os dois estão em Roma por ocasião dos festejos dos 150 anos da Unificação da Itália, celebrados ontem, na presença de outros 40 chefes de Estado e de governo, e de representantes diplomáticos. A audiência com Biden ocorreu de forma privada e, em seguida, o papa se reuniu com Abbas. De acordo com nota da Santa Sé, o encontro com o líder palestino durou 22 minutos e foi acompanhado por uma delegação da ANP (DCI).

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Despite it all, Bibi still deserves a chance  

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