Conib destaca
Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2010
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários
1. Reconhecer um Estado palestino é falta de entendimento sobre situação no Oriente Médio, diz Israel
O vice-chanceler israelense, Daniel Ayalon, atribuiu à falta de entendimento sobre a situação no Oriente Médio a decisão de Brasil e Argentina de reconhecer um Estado palestino. Ayalon destacou a importância das relações históricas que Israel mantém com nações latino-americanas e advertiu que Brasil e Argentina “caíram na armadilha de propaganda dos palestinos”. Mas destacou que a atitude dos dois países não deve atrapalhar as relações com Israel. “Continuaremos cultivando as boas relações com países latino-americanos”, acrescentou (Aurora).
2. Israel diz que não há bloqueio humanitário na faixa de Gaza
Para marcar os dez anos da presença da ONG humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) na faixa de Gaza, a organização divulgou relatório em que critica os impactos do bloqueio imposto por Israel à saúde pública na região. A ONG diz que o bloqueio israelense dificulta atendimento médico. O embaixador israelense no Brasil, Giora Becher, reconhece a importância do trabalho da ONG, mas afirma que não há bloqueio humanitário na região. “Israel não tem absolutamente nada contra a população civil da faixa de Gaza. Ao contrário, através de medidas internas diversas, abriu a faixa de Gaza para a entrada de toda a ajuda humanitária, especialmente no que se refere à saúde”, diz a nota do embaixador. Entre as dificuldades enfrentadas, o MSF cita o transporte limitado de pacientes por medidas de segurança, longas esperas nos postos militares e dificuldades de acesso a produtos médicos (R7).
3. “Reconhecimento de Lula dá aos palestinos um aliado de peso contra Israel”
O embaixador palestino Ibrahim Al-Zeben agradeceu a decisão do presidente Lula de reconhecer a Palestina como Estado independente e disse que a atitude do governo brasileiro “certamente ajudará países que estavam indecisos a entender a mensagem” de que o povo palestino tem direito a ter seu Estado. “Os palestinos estão muito agradecidos por esse apoio, porque isso vai ser positivo também para alcançar a paz com Israel. Um reconhecimento mundial ajuda a colocar as duas partes em pé de igualdade”, afirmou Al-Zeben, na terceira entrevista ao Correio Braziliense da série com os embaixadores sobre o futuro das relações bilaterais no governo de Dilma Rousseff. Segundo o embaixador, a atitude do Brasil, que foi seguido pela vizinha Argentina, deixa seu povo mais fortalecido. Contudo, ele despista ao ser questionado se o próximo passo é levar um pedido de reconhecimento oficial à Organização das Nações Unidas (ONU). “Esperamos que Israel volte às negociações, paralisando os assentamentos que estão levando nosso território palestino em Jerusalém Oriental. Achamos que esse é o melhor caminho, o caminho mais curto” (Por Isabel Fleck, Correio Braziliense). Leia mais sobre as outras entrevistas em:
Entrevista Giora Becher
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/12/13/entrevista-giora-becher
Embaixador do Irã comenta declarações de Dilma sobre Sakineh
4. “Sob Dilma, Itamaraty deve adotar estilo mais técnico”
Avaliação corrente no Itamaraty prevê uma mudança de estilos na política externa brasileira a partir de 2011, não de rumos. Os ajustes em razão da troca de Luiz Inácio Lula da Silva por Dilma Rousseff na Presidência e de Celso Amorim por Antônio Patriota na Chancelaria ficariam mais por conta dos perfis. Os atuais são mais políticos; Dilma e Patriota, mais técnicos. Em geral, diplomatas consideram as declarações de Dilma sobre Irã - contra o apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani e a abstenção nos foros de direitos humanos - um reflexo de dois fatores: primeiro, ela é mulher; segundo, precisa mostrar identidade própria e fugir do carimbo de "sombra de Lula" (Por Eliane Catanhêde, Folha de S.Paulo).
5. Celso Amorim faz balanço de seus oito anos no comando da política externa
Num balanço de seus oito anos no comando da política externa do governo Lula em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CREO), o chanceler Celso Amorim defendeu a participação brasileira no imbróglio envolvendo o polêmico enriquecimento de urânio pelo Irã. Amorim mencionou a frase com que o jornal francês Le Monde abriu sua reportagem três dias depois do acordo feito por Brasil, Turquia e Irã, mas que acabou ignorado pela Organização das Nações Unidas (ONU): "17 de maio. Os livros de história registrarão essa data como o dia em que Brasil e Turquia desafiaram os poderosos e fizeram o que eles não tinham conseguido fazer". Amorim considerou o acordo "histórico", que, segundo ele, serviu para o "desbloquear o diálogo" (JusBrasil).
6. “Uma Palestina criada pela ONU”
As Nações Unidas criaram um Estado judeu há seis décadas e podem criar um Estado palestino agora. A ONU pode definir as fronteiras, estabelecer o cronograma, e formular as regras para eleições palestinas (especificando, por exemplo, que os vencedores precisam jurar obediência a uma Constituição que reconhece o direito à existência de Israel). Estabelecer tal Estado envolveria muitas questões espinhosas, mas, por mais confusa que essa solução pareça, ela pode ser muito boa quando se percebe como o processo atual de negociações não tem futuro. Com o tempo, as chances de um acordo naufragam, a impaciência internacional cresce. Neste mês, Brasil e Argentina reconheceram um Estado palestino com fronteiras anteriores a 1967. Por comparação, a solução da ONU parece favorável a Israel. As fronteiras seriam traçadas para acomodar alguns dos assentamentos israelenses mais densos ao longo das linhas de 1967 (enquanto dariam terra em troca a um novo Estado palestino). A maior vantagem, porém, talvez seja a cobertura política que essa abordagem daria a Obama. Um grande número de judeus americanos (e israelenses) apoiará o plano, porque uma paz duradoura estará finalmente ao alcance (Por Robert Wright, The New York Times, em artigo em O Estado de S.Paulo). Leia mais em:
A U.N. Plan for Israel
7. “Um plano para Israel”
A agência estatal SPA, da Arábia Saudita, noticiou que o país, através do porta-voz, saudou como "grande passo" o reconhecimento da Palestina como nação pelo Brasil e pela Argentina. No New York Times de papel e depois no alto da home, Robert Wright defendeu "Um plano da ONU para Israel". Avisa que "a impaciência internacional está crescendo" com a falta de resultados dos EUA, ressaltando que "Brasil e Argentina reconheceram um Estado palestino com as fronteiras de 1967" e que, "em comparação, uma solução na ONU seria mais simpática a Israel". O colunista escreve que o país não pode "seguir negando o voto aos árabes que governa há décadas, incorrendo em acusações de apartheid" e arriscando se tornar um "pária". Em artigo de Alastair Crooke , a Foreign Policy também avisa para os crescentes "desdém e repúdio às "soluções" ocidentais". E para a presença cada vez maior de "novos atores", lembrando, além de Turquia e Brasil, África do Sul e Indonésia (Por Nelson de Sá, Folha de S.Paulo).
8. “Um novo jardim”
O recente incêndio que devastou cinco milhões de arvores em Israel, durante 84 horas, ceifando 41 vidas, mobilizou 20 países, e a presença de quase 200 voluntários estrangeiros, todos pilotos ou bombeiros. Pego de surpresa, e relativamente sem recursos materiais para combater um incêndio de gigantescas proporções, o governo de Israel apelou por socorro internacional, em alto e bom tom. O vulto da catástrofe ecológica pode ser mais bem entendido se considerarmos que serão necessários 40 anos para recompor as matas e reservas florestais que foram destruídas. Como efeito colateral benigno, ressaltamos o restabelecimento de conversações diretas entre Israel e Turquia, que aconteceram imediatamente em Genebra, na Suíça, e as prolongadas conversas telefônicas entre Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestina. Extemporâneas e erráticas manifestações em prol da declaração imediata de um Estado Palestino, sem a imprescindível anuência e parceria do Estado de Israel, só servem para tumultuar um processo de paz que evoluiu, ainda que lentamente, desde o acordo de Oslo II, assinado em 1995 por Itzhak Rabin e Yasser Arafat (Por Osias Wurman - é jornalista e cônsul honorário de Israel no Rio – em artigo em O Globo – edição de 12/12).
9. Liga Árabe analisa com Abbas diálogo de paz com Israel
O líder palestino, Mahmoud Abbas, se reúne hoje no Cairo com o comitê de acompanhamento da Iniciativa de Paz Árabe para discutir o futuro do diálogo com Israel, cujas negociações novamente apresentam dificuldades. Esta será a primeira reunião do comitê desde que os Estados Unidos anunciaram a decisão de abandonar seus esforços para convencer Israel a interromper temporariamente a construção de colônias na Cisjordânia, para facilitar a retomada das negociações de paz com os palestinos (Efe). Leia mais em:
Palestinians to Mitchell: U.S. must demand talks based on 1967 borders
'Mitchell proposed new peace process offers to Abbas'
10. EUA recrutaram nazistas após 2ª Guerra, revelam documentos
Após a Segunda Guerra Mundial, a contraespionagem americana recrutou ex-oficiais da Gestapo, veteranos da SS e colaboradores nazistas em número muito maior do que havia sido divulgado anteriormente, e ajudou muitos a se livrar da condenação ou a fugir, segundo a milhares de documentos antes confidenciais que foram divulgados recentemente. "Quando foi revelada a história de Klaus Barbie, sobre sua fuga com a ajuda americana para a Bolívia, nós pensamos que não havia mais histórias assim, que Barbie era uma exceção", disse Norman J. W. Goda, professor da Universidade da Flórida e coautor do relatório com o professor Richard Breitman, da Universidade Americana. "O que nós encontramos nos registros é que houve um número razoável e que parece ter sido mais sistemático" (The New York Times, em artigo no Ultimo Segundo ).
11. Irã diz que destituição de chanceler não afeta diálogo nuclear
A destituição do ministro de Assuntos Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, não terá efeito na política do país e também não afetará o diálogo nuclear com a comunidade internacional, afirmou o porta-voz, Ramin Mehmanparast. Em entrevista coletiva, repercutida na imprensa local, Mehmanparast declarou que "a destituição de Mottaki não terá nenhum efeito na política do Irã na esfera internacional". "A política nacional do regime da República Islâmica iraniana se formula e se toma em níveis mais altos", indicou o porta-voz (Efe).
12. Atentado perto de mesquita mata 38 no Irã
Um duplo atentado perto de uma mesquita no sudeste do Irã deixou 38 mortos, segundo informou a agência estatal de notícias, Irna. Fariborz Ayati, da perícia, disse à agência que há homens e mulheres entre as vítimas. Um funcionário do Crescente Vermelho, Mahmoud Mozafar, disse que havia mais de 50 feridos. O ataque ocorreu na cidade portuária de Chahbahar, perto da fronteira com o Paquistão. As bombas tiveram como alvo um grupo de fiéis que participava de cerimônia um dia antes da Ashura, o dia em que é lembrado o martírio do imã Hussein, neto do profeta Maomé e um dos mais adorados nomes para os muçulmanos xiitas. De acordo com a televisão estatal, a primeira explosão ocorreu do lado de fora da mesquita, enquanto a outra bomba foi detonada em meio à multidão (AP e Reuters). Leia mais em:
Suicide bombers kill at least 38 near mosque in southeast Iran
Leia mais em:
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