Newsletter Conib - 6-12-10

Conib destaca
Segunda-feira, 6 de Dezembro de 2010
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários

1. Dilma diz ser contra posição do Brasil em relação ao Irã


A presidente eleita Dilma Rousseff afirmou discordar da abstenção do Brasil em votação na ONU de resolução que condenou violações de direitos humanos no Irã. “Não concordo com o modo como o Brasil votou. Não é a minha posição”, afirmou Dilma, que vinha evitando fazer comentários sobre a decisão do Itamaraty. Em entrevista ao jornal The Washington Post, Dilma voltou a condenar o apedrejamento de mulheres no Irã: "Não apoio o apedrejamento (de mulheres). Não estou de acordo com práticas que têm características medievais. Não há nuances e eu não farei nenhuma concessão em relação a isso", garantiu. "Não sou a presidente do Brasil (hoje), mas ficaria desconfortável, como uma mulher eleita presidente, em não me manifestar contra o apedrejamento. Minha posição não vai mudar quando assumir”. Leia mais em:
Apoio a Irã na ONU foi erro, diz Dilma
Dilma defende corte de gastos e reaproximação com os EUA
‘Dilma, o governo do Irã e uma bobagem espetacular!’

2. “Presidente eleita assume opção clara de esquerda na área de direitos humanos”


A declaração da presidente eleita, Dilma Rousseff, ao Washington Post promete uma guinada na polêmica e sistemática abstenção do Brasil na condenação a regimes ditatoriais no Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas). Durante os oito anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os embaixadores brasileiros se abstiveram quanto a sanções a Cuba, Sri Lanka, Mianmar, Sudão e, mais recentemente, Irã. A argumentação do Itamaraty é que as votações do conselho têm sido politizadas para condenar adversários dos EUA, como o Irã. Com Dilma, essa posição tende a mudar. Mais do que apenas perseguida pela ditadura militar (1964-1985), ela foi presa e torturada. Enquanto Lula tenta escapulir de rótulos ideológicos, ela assume claramente uma opção pela esquerda. Essa opção tende a se revelar não na política econômica, mas na área de direitos humanos, por exemplo (Por Eliane Catanhêde, Folha de S.Paulo).

3. Israel denuncia reconhecimento do Estado palestino pelo Brasil


Israel condenou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reconhecer o Estado palestino de acordo com as fronteiras de 1967. O ministério israelense das Relações Exteriores afirmou que a decisão do governo brasileiro "constitui uma violação dos acordos interinos assinados entre Israel e a Autoridade palestina e que estipulam que o tema do futuro da Cisjordânia e da Faixa de Gaza será discutido e definido mediante negociações”. O comunicado afirma ainda que "Israel lamenta e expressa sua decepção depois da decisão do presidente Lula adotada um mês antes de passar o poder para a presidente eleita Dilma Rousseff”. Legisladores americanos também criticaram a decisão do Brasil de reconhecer o Estado palestino com as fronteiras de 1967, afirmando que é "extremamente imprudente" e "lamentável" (Veja). Leia mais em:
Brazil formally recognises Palestinian statehood
Palestinos aplaudem "solidariedade" brasileira em reconhecer seu Estado
 ‘Reconhecimento de Estado palestino deve contribuir para paz’

4. Polícia Federal confirma que vigiou supostos terroristas


A Polícia Federal (PF) confirmou que acompanhou as atividades de um grupo de brasileiros, residentes no Brasil, suspeitos de ter laços com grupos terroristas do Oriente Médio segundo informações da assessoria de comunicação da PF, divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, a PF e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) receberam informações da CIA norte-americana e passaram a monitorar 20 brasileiros que viajaram ao Irã em 2008 com apoio do Hizbollah e da Jihad Islâmica. A suspeita é de que eles tenham recebido treinamento para ações terroristas. A assessoria afirmou que o acompanhamento feito pela polícia "não chegou à conclusão de que foi instalada uma célula terrorista no Brasil" (Terra). Leia mais em:
Brasil oculta cooperação antiterrorista com EUA, diz documento do WikiLeaks
WikiLeaks cable exposes Iran hand in Hezbollah communication network

5. Potências começam reunião com Irã nesta segunda em Genebra


Quatorze meses após o último encontro, o grupo 5+1 (formado por Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, mais a Alemanha) se se reúne a partir de hoje com o Irã em Genebra para retomar o diálogo nuclear, embora não sejam esperados resultados concretos e sim, no máximo, um compromisso real com as negociações. Apesar disso, o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, admitiu que com "uma vontade séria das duas partes, a reunião de Genebra poderá atingir os resultados esperados" (Efe).

6. Irã dá novo passo em programa nuclear

Na véspera da retomada das negociações com as potências ocidentais a respeito de seu programa nuclear, o Irã anunciou ontem ter dado mais um passo em direção à sua autossuficiência nuclear. Pela primeira vez, urânio minerado dentro do país foi usado para produzir o yellowcake (concentrado de urânio) - etapa intermediária na produção do urânio enriquecido, segundo o chefe do programa nuclear iraniano, Ali Akbar Salehi. "Isso significa que o Irã se tornou autossuficiente em todo o ciclo de produção de combustível nuclear", disse (Folha de S.Paulo).
UE e ONU reagem a anúncio do Irã sobre enriquecimento de urânio
Irã anuncia que produziu primeiro lote de urânio concentrado

7. “Mundo duvida do Irã, que já escondeu instalações nucleares”


Muita gente embarcou no discurso do governo do Irã, como o brasileiro, que sempre compara: se nós temos o direito de ter um programa nuclear, por que o Irã não pode ter? Mas é completamente diferente. O Brasil colocou na sua Constituição que nunca terá armas nucleares, não quer ter esse direito. Por isso, o mundo não duvida do Brasil, mas do governo do Irã, que já mentiu, escondeu informações e instalações nucleares, deu vários indícios. Nessa divulgação dos documentos secretos da diplomacia, ficou-se sabendo que não é só Israel e EUA que têm medo do Irã, os países árabes também. E pedem ao governo americano para contê-lo. Muito mais gente está preocupada com o assunto (Por Miriam Leitão, O Globo).

8. Brasil não é convidado para negociações

O governo do Irã proporá hoje que a União Europeia aceite que o acordo nuclear negociado por Brasil e Turquia seja a base das futuras discussões entre Teerã e o Grupo P5+1 (França, Rússia, EUA, China, Grã-Bretanha e Alemanha). O Brasil, porém, não foi convidado para as negociações que começam hoje em Genebra, na Suíça. Washington e Bruxelas consideraram a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "ingênua" em relação a Teerã. Apesar da ausência de brasileiros e turcos, Teerã defenderá a retomada do pacto negociado com os dois países. Pelo acordo, o Irã enviaria 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento para a Turquia em troca de combustível enriquecido a 20% (Por Jamil Chade, O Estado de S.Paulo).

9. Incêndio florestal é extinto em Israel


O incêndio florestal que deixou 41 mortes na região de Carmel, no norte de Israel, foi finalmente controlado, segundo anunciou a polícia israelense. Os esforços para apagar o incêndio, que começou na quinta-feira, foram ajudados pelas chuvas que aconteceram na noite de domingo, uma raridade especialmente no árido inverno de Israel. “Todos os focos foram extintos por volta da meia-noite”, disse o porta-voz da polícia Mickey Rosenfeld (O Globo). Leia mais em:
Haifa police chief dies of wounds
Grupo de brasileiros escapa de incêndio em Israel

10. “Esqueletos no armário real”

Documentário revelou que o pai da rainha Silvia, da Suécia, o alemão Walter Sommerlath, foi um nazista fervoroso. Silvia admitiu que o pai de fato pertenceu ao partido de Hitler, mas não era “politicamente ativo”. O documentário mostra como Sommerlath veio trabalhar no Brasil, na Aços Roechling Buderus, e se casou com Alice Toledo, mãe de Silvia. Com a ascensão do nazismo, voltou à Alemanha e assumiu uma fábrica tomada de um proprietário judeu, passando a produzir armamentos e peças para tanques durante a guerra. Tudo aconteceu “antes de a rainha nascer”, informa o palácio (Por Lizia Bydlowski, Veja).

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(visite nosso novo site: http://www.conib.org.br/)

Em Tel Aviv, deputado holandês diz que Cisjordânia é de Israel

A resurgent Syria alarms U.S., Israel

Hillary diz que sauditas financiam terroristas

Ahmadinejad quer Maradona comandando a seleção do Irã, diz jornal

Conib destaca
São Paulo, 5 de Dezembro de 2010
Por Celia Bensadon

1. Brasil vigia suspeitos de elo com extremistas no Irã


O governo Lula monitora há três anos um grupo de brasileiros suspeitos de ter recebido instruções e dinheiro de organizações islâmicas para desenvolver atividades ou núcleos terroristas no país. Segundo apurou a Folha, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, que também é acompanhado pela Abin, órgão de inteligência ligado à Presidência. Os brasileiros são monitorados desde que o governo recebeu um informe da CIA, o serviço secreto dos EUA. O despacho informava que esse grupo, de cerca de 20 pessoas, viajou em 2008 ao Irã com o suporte logístico do Hezbollah e da Jihad Islâmica, milícias que não reconhecem o Estado de Israel e que são consideradas terroristas por vários países (Por Lucas Ferraz, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Arábia Saudita é a maior fonte de verbas para grupos islamistas

2. Fronteira porosa do país chama atenção de terroristas

Não é de hoje que o mundo está de olho na possibilidade de o Brasil abrigar elementos radicais, terroristas e quetais. Os motivos são simples: país enorme, com amplas possibilidades de refúgio, fronteiras porosas, leis pouco rígidas, tradição diplomática pacifista e tolerante. Para um oficial antiterror americano, é o lugar certo para um suspeito procurar esconderijo. Desde o grande atentado contra a associação judaica em Buenos Aires, em 1994, Israel aponta para a Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai como potencial foco terrorista (Por Igor Gielow, Folha de S.Paulo).

3. Projetos de lei sobre terror não saem do papel

Pelo menos cinco projetos que tentam tipificar o crime de terrorismo estão parados no Congresso Nacional. Nenhum consegue avançar principalmente por causa de manobras da base de apoio ao governo. A primeira proposta, de 1991, é do ex-deputado petista Hélio Bicudo (SP). Ele define os crimes contra o Estado democrático de direito e a humanidade, citando, entre eles, o terrorismo. O texto está parado na Comissão de Segurança Pública desde março de 2008 (Por Maria Clara cabral, Folha de S.Paulo).

4. "Desconfiança é grande" sobre o Irã, afirmou Patriota a diplomata


Antonio Patriota, escolhido ministro das Relações Exteriores do governo Dilma Rousseff, disse no início do ano não saber exatamente o grau de confiabilidade do governo iraniano, segundo relato da diplomacia dos EUA. "A desconfiança é grande" sobre o Irã, disse Patriota, conforme relatado em telegrama confidencial da embaixada norte-americana em Brasília, em 9 de fevereiro. "Nós nunca sabemos o quão sinceros" os iranianos são. O documento ao qual a Folha teve acesso foi obtido pela organização não governamental WikiLeaks (Folha de S.Paulo).

5. “Do político ao técnico”

Celso Amorim, bem ou mal, tem ideias, arroubos e luz própria. Foi um ministro político num governo político. Antônio Patriota é um diplomata mais introspectivo, formal, cioso da hierarquia. Será um ministro técnico num governo técnico. A troca de Amorim pelo pupilo Patriota reflete a diferença de Lula para Dilma. Sai uma dupla do barulho, entra o casamento da inexperiência com a discrição na área externa. Não se espere que Dilma, pelo menos no início, vá ousar, perturbar ou correr riscos nessa delicada seara. Patriota menos ainda. O próximo governo deverá ter um perfil relativamente baixo na política externa, mantendo a prioridade sul-sul e confirmando os votos condescendentes com ditaduras no Conselho de Direitos Humanos na ONU (Por Eliane Catanhêde, Folha de S.Paulo).

6. “O WikiLeaks lavou a alma do Itamaraty”


A papelada do WikiLeaks relacionada com o Brasil prestou um serviço à diplomacia nacional. À primeira vista, apresentou o Itamaraty como inimigo dos Estados Unidos. Olhada de perto, documentou que o governo americano é inimigo do Itamaraty. Como o vazamento capturou mensagens do canal que liga a embaixada americana ao Departamento de Defesa, o ministro Nelson Jobim ficou debaixo de um exagerado holofote. Sempre há quem divirja das linhas da política externa da ocasião mas, noves fora vinganças burocráticas, a máquina une-se quando se trata de defender "a supremacia histórica do Itamaraty em todas as áreas da política externa". Essa característica sempre incomodou a diplomacia americana (Por Elio Gaspari, Folha de S.Paulo).

7. Site expõe ‘espionagem direta’ dos EUA

A avalanche incessante de informações vinda à tona com o vazamento de documentos dos EUA no site WikiLeaks expôs ao menos uma evolução importante das práticas da diplomacia americana: a expansão das tarefas de espionagem direta. Diplomatas foram orientados a coletar dados biométricos, números de cartões de crédito e até DNA de autoridades estrangeiras. Os pedidos foram requisitados a diplomatas alocados em diversos países, e chegaram até à ONU, onde a prática é expressamente proibida por convenções (Por Andréa Murta, Folha de S.Paulo).

8. Direitos humanos veem disputa na ONU

Sem resultados práticos e em geral ignoradas, as votações na 3ª Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas são uma das faces da disputa sobre qual órgão do "sistema ONU" deve ter a primazia no tratamento dos direitos humanos. A comissão cuida de temas sociais, culturais e humanitários e fez uma incursão no noticiário depois que a diplomacia brasileira se absteve, em novembro, de condenar o Irã -também optou pela abstenção no caso de Mianmar e votou "sim" só contra a Coreia do Norte. Desde que o Conselho de Direitos Humanos foi criado em 2006, o Brasil é um dos países que argumentam que o exame de casos específicos cabe ao novo organismo (Por Claudia Antunes, Folha de S.Paulo).

9. Israel diz que não precisa de mais aviões de combate a incêndios


Israel não precisa de mais aviões de combate ao fogo, levando em conta os resultados obtidos pela frota aérea internacional que trabalha atualmente na extinção do incêndio no norte do país, anunciou o gabinete do primeiro-ministro. Benjamin Netanyahu seguiu os conselhos dos profissionais na luta contra incêndios, segundo os quais a frota aérea mobilizada em Israel é suficiente para combater o violento incêndio do monte Carmel, declarou o porta-voz do premiê, Mark Regev (AFP). Leia mais em:
Firefighters gain full control over Carmel fire

10. Irã anuncia que é 'autossuficiente' na produção de pó de urânio


O Irã anunciou que alcançou a autossuficiência na produção de pó de óxido de urânio concentrado, essencial para o enriquecimento e a geração do combustível nuclear utilizado em usinas atômicas. "Há alguns instantes foi levado a partir da fábrica de Bander Abbas e introduzido na usina de Isfahan. A partir de agora, o Irã já não terá problemas no abastecimento de urânio", afirmou o diretor do Organismo de Energia Atômica iraniano, Ali Akbar Salehi, citado pela imprensa estatal (Efe). Leia mais em:
Irã anuncia que produziu seu primeiro lote de concentrado de urânio

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Peres: Carmel fire disaster proves Jews, Arabs share the same fate

Mahmud Abbas ameaça dissolver a Autoridade Palestina

Carmel fire reveals gap between Israel's image and reality

História do Holocausto é tema de debate

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São Paulo, 4 de Dezembro de 2010
Por Celia Bensadon

1. “Brasil pede Estado palestino em áreas ocupadas por Israel”

O Brasil emitiu nota em apoio ao Estado palestino nas fronteiras de 1967, informou ontem o Itamaraty. Isso significa uma Palestina na faixa de Gaza e Cisjordânia, territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, há 43 anos. A posição do Brasil não é nova, como reconheceu o chanceler Celso Amorim, para quem se trata de mera "atualização". Desde 1988 o Brasil defende um Estado palestino nestas áreas. Trata-se, isso sim, de um gesto político de fim de mandato do presidente Lula, que atende a pedido do presidente da ANP (Autoridade Palestina), Mahmoud Abbas. Em carta enviada a Lula, Abbas culpa Israel pela paralisia das negociações de paz e pede o reconhecimento do Brasil ao Estado palestino antes do fim de seu mandato (Por Marcelo Ninio, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Brasil reconhece Estado palestino

2. Para Israel, Itamaraty agiu de forma ‘desleal’


Era de se esperar que o conteúdo do anúncio do Itamaraty, reconhecendo o Estado palestino, fosse incomodar muito Israel. No entanto, a diplomacia israelense ficou especialmente revoltada com a forma como agiu o governo Luiz Inácio Lula da Silva, considerada "desleal" e "pouco amigável". Na manhã de quinta-feira, o chanceler Celso Amorim conversou por mais de uma hora com o vice-primeiro-ministro de Israel, Silvan Shalom, que visitava Brasília. A carta do presidente Lula a seu colega palestino, Mahmoud Abbas, anunciando o reconhecimento, já havia sido enviada no dia anterior. Amorim, entretanto, não avisou Shalom sobre a decisão brasileira (Por Roberto Simon, O Estado de S.Paulo). 

3. Lula atende a pedido de Abbas e reconhece a Palestina como país soberano


Na manhã de ontem, o diplomata palestino Ibrahim Al-Zeben chegou ao Palácio do Itamaraty como chefe da delegação palestina em Brasília. Saiu com o status de embaixador de um Estado oficialmente reconhecido pelo Brasil. A decisão de reconhecer, de forma unilateral, a existência do Estado Palestino nas fronteiras de 1967 foi a maneira encontrada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter os holofotes sobre sua política externa até a reta final. A notícia, que oficializa a decisão já amplamente conhecida do Brasil em relação à questão israelo-palestina, foi comemorada por Al-Zeben, pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP), pela Autoridade Palestina (AP) e pelo Fatah. Como era de se esperar, desagradou o lado israelense, que lamentou o posicionamento de Lula ao fim de seu mandato (Por Isabel Fleck, Correio Braziliense). Leia mais em:
Estamos muito felizes, diz embaixador palestino em Brasília
Palestinos esperam onda de reconhecimento após decisão de Lula

4. Congressista dos EUA ataca decisão do País


A decisão unilateral do governo brasileiro de reconhecer o Estado Palestino nas fronteiras anteriores a 1967 ameaça abrir um novo foco de atrito entre o Brasil e os EUA. O presidente do subcomitê de América Latina e Caribe da Câmara dos Deputados, o democrata Eliot Engel, considerou a iniciativa "muito equivocada" e a condenou por meio de nota. Segundo Engel, as iniciativas unilaterais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Oriente Médio "sairão pela culatra". A mais recente, insistiu, envia uma mensagem aos palestinos de que não precisam manter o diálogo de paz para obter o reconhecimento de seu Estado soberano (Por Denise Chrispim Marin, O Estado de S.Paulo).

5. Patriota mostra, em análise, que não mudará linha atual


Uma análise sobre o papel do Brasil na diplomacia mundial, preparada recentemente pelo futuro chanceler, Antonio Patriota, indica que, no governo Dilma Rousseff, o continuísmo da era Lula está mais que garantido. No texto, Patriota desenha um quadro positivo das relações com os vizinhos, elogia a "diversificação de parcerias" e defende um maior protagonismo do País na cena mundial. O Brasil, diz ele, tem características "que o habilitam a participar, com especial autoridade, nos processos de transformações internacionais em curso". As avaliações estão em um breve estudo - seis a sete páginas - que o secretário-geral do Itamaraty preparou em meados do ano para a revista Política Externa (Por Gabriel Manzano, O Estado de S.Paulo).

6. Documento contradiz versão de que governo não estaria preocupado com terror


Documentos sigilosos do Ministério da Justiça obtidos pela Folha desmentem a versão do Itamaraty de que o Brasil não estava preocupado com ações de terrorismo por ocasião da realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, organizados pelo Rio. Os papéis agora descobertos mostram que o governo se equipou contra terroristas, diferentemente da versão oficial que fez circular. "Organizações terroristas, que se utilizam de eventos dessa natureza para chamar a atenção da opinião pública internacional podem se aproveitar desse espaço para promover a instabilidade do evento", diz o documento (Por José Ernesto Credendio, Folha de S.Paulo).

7. Obama é quem deve estar preocupado, diz Lula ao negar "antiamericanismo"


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou a desatenção de Washington para com a América Latina, e não uma postura “antiamericana” de seu governo, pelo distanciamento da região em relação aos Estados Unidos, nos últimos anos. Falando a correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro, antes de embarcar para a Cúpula Ibero-Americana, na Argentina, Lula voltou a comentar o vazamento de documentos diplomáticos dos EUA pelo site WikiLeaks, incluindo comunicações da embaixada em Brasília classificando o governo Lula como “apinhado de esquerdistas” (Correio Braziliense).

8. Incêndio em Israel atinge duas localidades e uma reserva natural


O maior incêndio da história de Israel alcançou em seu terceiro dia outras duas localidades no norte, previamente evacuadas, e uma reserva natural, enquanto os hidraviões retomam com a saída do sol os trabalhos de combate ao fogo. Durante a madrugada, as chamas chegaram ao moshav (tipo de comunidade agrícola residencial) Nir Etzion, a Ein Hod, um conhecido povoado de artistas e à reserva natural Hai-Bar, cujos animais foram transportados a um local mais seguro. O fogo está nas proximidades da universidade da terceira maior cidade do país, Haifa, e de seu bairro mais ao sul, Denia, e o objetivo é evitar que o fogo chegue à urbe (Efe). Leia mais em:
Netanyahu, Abbas hold rare phone chat over Carmel fire
Israel recebe ajuda internacional para combater incêndio que já matou 41

9. “Incêndio expõe despreparo de Israel”

Equipes de bombeiros de diversos países chegaram ontem a Israel para unir esforços no combate ao maior incêndio da história do país. Habituado a situações de emergência em guerras e ameaças terroristas, o país foi pego de surpresa. O governo israelense admitiu que não possui meios próprios para controlar o incêndio que consumiu uma grande área de floresta no monte Carmel (norte) e já matou 41 pessoas. "Estamos no meio de um desastre de proporções internacionais", disse o premiê Binyamin Netanyahu, após reunião de emergência. "Temos de admitir que nossos bombeiros não podem enfrentar um incêndio florestal sob ventos tão fortes. Não temos meios para isso" (Folha de S.Paulo).

10. Zaverucha promete desmistificar Oriente Médio e reclama da guerra de propaganda contra Israel


Em seu livro “Armadilha em Gaza”, Jorge Zaverucha mostra que no mundo todo a mídia, mais preocupada em chocar do que em informar, associa a Israel a imagem de um estado militarista, que promove massacres de palestinos e se opõe a qualquer tentativa de paz na região. A aliança entre fundamentalistas islâmicos, pseudopacifistas e esquerdistas de vários matizes, unidos no ódio ao Estado de Israel, joga cortinas de fumaça sobre aspectos fundamentais da tragédia e propagandeia um suposto “genocídio” cometido pelos israelenses. Descrever Gaza como “campo de concentração a céu aberto” virou clichê, mas é uma imagem totalmente distorcida. A realidade é muito mais complexa, e não se limita a uma mera disputa territorial entre palestinos e israelenses, e sim a um conflito ideológico, agravado pela ação de um grupo terrorista islâmico, o Hamas — satélite do Irã em Gaza —, que propaga explicitamente a luta pelo extermínio do Estado judaico, a única democracia do Oriente Médio (Por Jorge Zaverucha).

Leia mais em:

Irã diz que jamais utilizará a força contra seus vizinhos muçulmanos

Israeli conductor Barenboim wants to 'liberate' Wagner from Nazi association





Célia Bensadon
Depto. de Comunicação
Tel. (11)3063-2852
FAX (11)3063-2854

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