Conib destaca
Quarta-feira, 25 de Maio de 2011
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários
1. “Riso e preconceito”
Pelo menos dois colunistas chamaram a atenção para o fato. "Já virou moda", escreveu André Barcinski, "o artista ou celebridade falar uma besteira em entrevistas, no Twitter ou no Facebook, e depois voltar para se desculpar". O seu colega da Folha de S.Paulo Marcelo Coelho explica: "Ser politicamente incorreto, no Brasil de hoje, é motivo de orgulho. Todo pateta com pretensões à originalidade e à ironia toma a iniciativa de se dizer 'incorreto' — e com isso se vê autorizado a abrir seu destampatório contra as mulheres, os gays, os negros, os índios e quem mais ele conseguir." Isso veio a propósito das declarações do diretor Lars Von Trier, que em Cannes se confessou simpatizante de Hitler e admitiu ser nazista. Diante dos protestos, correu para se justificar. "Me arrependo. Foi uma brincadeira estúpida." Outro artista do programa "CQC", Danilo Gentili, preferiu apontar para as vítimas do Holocausto. Comentando o abaixo-assinado contra uma estação de metrô, tuitou: "Entendo os velhos de Higienópolis temerem o metrô. A última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz" (no bairro moram muitos judeus). A exemplo de Rafinha, Gentili arrependeu-se e foi à Confederação Israelita do Brasil se desculpar. Será que não se pode fazer piada com temas polêmicos? O problema é que quando ofende, em vez de fazer rir, o politicamente incorreto é tão sem graça quanto o seu contrário. As desculpas atenuam a agressão, mas não escondem a discriminação que se disfarça atrás do falso humor. Nesses atos falhos, o autor deixa escapar inconscientemente a manifestação do que está reprimido: o preconceito (Por Zuenir Ventura, O Globo).
2. “As omissões de Abbas”
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, escreveu no dia 16 de maio um artigo para o jornal New York Times no qual diz que há 63 anos um menino árabe que morava na cidade de Safed foi expulso de sua casa, junto com a família, que encontrou refúgio em tendas armadas na Síria. Desde então, lamenta, o menino nunca mais pôde voltar para casa porque lhe foi "negado o mais básico dos direitos humanos". E termina assim o parágrafo inicial: "Esta história, assim como a de muitos outros palestinos, é a minha". Faltou Abbas dizer que, exatamente na mesma época, 50 mil judeus foram expulsos de suas casas no Iêmen, tendo encontrado refúgio, também em tendas improvisadas, no nascente Estado de Israel. O articulista omite tudo o que diz respeito à expulsão dos judeus de todos os países árabes, algo em torno de 1 milhão de pessoas. O texto de Abbas confirma que os palestinos irão às Nações Unidas em setembro, onde pedirão reconhecimento internacional para seu futuro Estado e também solicitarão assento em sua Assembleia Geral. Contudo, essa pretensão não embute um verdadeiro desejo de paz. Abbas diz com todas as letras que a admissão dos palestinos na ONU abre caminho para a internacionalização do conflito e também para representações contra Israel na Corte Internacional de Justiça (Por Salomão Schvartzman - jornalista e sociólogo, é colunista da rádio BandNews FM e produtor de "Salomão Dois Pontos", da BandNews TV; Foi diretor da Sucursal Paulista da revista Manchete – e Zevi Ghivelder - escritor e jornalista, foi diretor do grupo Manchete e diretor dos telejornais da extinta Rede Manchete de Televisão. É autor do romance "As Seis Pontas da Estrela" e do livro de reportagens "Missões em Israel" -, em artigo na Folha de S.Paulo).
3. Premiê de Israel reitera seus limites à paz
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, reiterou ontem em aplaudido discurso no Congresso dos EUA os limites exigidos por Israel para um acordo de paz, enquanto sugeriu que o país será "generoso" na cessão de terras aos palestinos. Netanyahu se manteve firme na defesa da indivisibilidade de Jerusalém, rejeitou o direito de retorno de refugiados palestinos, disse que manterá presença militar na Cisjordânia e que um futuro Estado palestino terá de ser totalmente desmilitarizado. Ele, contudo, insinuou passos que considera concessões, como a admissão de que Israel terá de sair de alguns assentamentos na Cisjordânia. Disse também que é possível ter "criatividade" com o futuro de Jerusalém, apesar de manter a cidade inteira como capital israelense. E ainda afirmou que será "generoso" com o tamanho do futuro Estado palestino, ainda que não ceda terras consideradas estratégicas para sua segurança nem Jerusalém Oriental (Por Andrea Murta, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Nos EUA, premiê de Israel anuncia concessões; palestinos rejeitam
Netanyahu, addressing Congress, lays out vision for Mideast peace
Leia a íntegra do discurso de Netanyahu no Congresso americano
Netanyahu agradece a Obama 'férreo' apoio à segurança de Israel
4. “É um erro os palestinos irem à ONU, em vez de falar com Israel”, diz Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu os palestinos de que devem negociar com israelenses e não apelar para a Organização das Nações Unidas para obter o reconhecimento de um Estado palestino. “Eu considero isso um erro”, disse Obama em entrevista conjunta com o primeiro-ministro britânico David Cameron, em Londres. "As Nações Unidas podem se encarregar de um trabalho importante nesse sentido, mas não serão capazes de entregar um Estado palestino” disse. "A única maneira de se conseguir isso é através de negociações entre palestinos e israelenses e o seu comprometimento com uma paz justa" (Haaretz). Leia mais em:
Obama e Cameron pedem saída de Gaddafi, da Líbia, e Saleh, do Iêmen
5. “Discurso aniquila chances de acordo de paz com palestinos”
Binyamin Netanyahu disse sim ao Estado palestino ontem no Congresso americano, o que, numa perspectiva histórica, poderia indicar uma guinada conceitual para um linha-dura que até alguns anos atrás mantinha-se firmemente contra a ideia. Na prática, porém, as condições que impôs aniquilam qualquer possibilidade de um acordo e abrem a contagem regressiva para a declaração de um Estado palestino na ONU, em setembro. A suposta guinada de Netanyahu começou há dois anos. Num discurso pouco após sua posse, admitiu pela primeira vez o estabelecimento de um Estado palestino como resultado de um acordo de paz. Nesses dois anos, seguidas tentativas do governo americano de intermediar uma retomada das negociações fracassaram, enquanto israelenses e palestinos se afastavam cada vez mais em meio a trocas de acusações. O impasse nas negociações levou a Autoridade Nacional Palestina a jogar todas as fichas numa estratégia diferente, a busca de reconhecimento internacional. Mais de cem países atenderam ao chamado, entre eles o Brasil. O próximo passo é levar o pedido às Nações Unidas, em setembro, e pedir que a organização aceite o Estado palestino como membro (Por Marcelo Ninio, Folha de S.Paulo).
6. Discurso em Washington fortalece posição doméstica de Netanyahu
O discurso do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, perante o Congresso dos Estados Unidos fortaleceu a posição do líder israelense em seu país, segundo pesquisas de opinião e analistas locais. O canal estatal da TV israelense divulgou resultados de uma pesquisa indicando que a maioria do publico local aprovou o discurso e as posições defendidas por Netanyahu em Washington. Essa posição bate de frente com um discurso prévio do presidente americano, Barack Obama, defendendo que um futuro Estado palestino deveria ser baseado nas fronteiras anteriores a 1967, com trocas acordadas de certas áreas. A pesquisa de opinião do Canal 1 indicou que o partido de Netanyahu, Likud, obteria o maior numero de cadeiras no Parlamento israelense e seria novamente o partido líder da coalizão governamental, com 33 dos 120 assentos, no caso de uma eleição imediata (BBC Brasil). Leia mais em:
Israel diz a palestinos: desistam do Hamas e de pedido na ONU
7. Israel é exemplo para o Oriente Médio, diz Netanyahu
“O Oriente Médio está em uma encruzilhada”. Essa é a avaliação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, quanto aos conflitos políticos na região em seu discurso no Congresso americano. O premiê israelense classificou como “corajosos” os manifestantes que lutam por mais liberdade nos países árabes, e disse esperar que os povos sigam o caminho da liberdade. “Manifestantes corajosos estão lutando para ter os direitos que os cidadãos israelenses já desfrutam há décadas. Isso mostra que Israel não está errado no Oriente Médio. Apoiamos o desejo dos povos árabes de nossa região de viverem livremente”, afirmou Netanyahu. Exaltando a democracia em território americano, o primeiro-ministro israelense aproveitou a oportunidade para criticar o Irã que, segundo ele, é uma tirania que patrocina o terrorismo em todo o mundo. “O maior perigo de todos está nos ameaçando: um regime islâmico radical com armas nucleares” (Por Francine de Lorenzo, Valor Econômico).
8. “Os dois lados colocaram suas cartas sobre a mesa”
Após uma reunião tensa na Casa Branca e quatro discursos dos líderes de Israel e dos Estados Unidos, o quadro do conflito palestino-israelense está cada vez mais claro: uma retomada das negociações de paz é improvável e os palestinos provavelmente tentarão obter reconhecimento da ONU. O discurso de ontem do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, diante de um Congresso americano benevolente, foi notável à sua maneira. O direitista que um dia se opôs até mesmo a medidas tímidas pela paz promete ser o primeiro a reconhecer a "Palestina" algum dia. Mas ele também deixou claro aos palestinos que a visão que tem de seu futuro Estado está muito aquém do que eles querem. A reação árabe foi, previsivelmente, cáustica. Os palestinos enfrentam também um desafio dos Estados Unidos. Embora se tenha falado muito da tensão entre Netanyahu e o presidente americano, Barack Obama, na reunião da semana passada, os palestinos também ouviram uma mensagem idêntica de ambos: a paz deve ser negociada, por isso, não recorram às Nações Unidas (Por Dan Perry, da Associated Press, em artigo em O Estado de S.Paulo).
9. Abbas buscará reconhecimento de Estado palestino na ONU
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, disse que buscará o reconhecimento de um Estado palestino na Organização das Nações Unidas se não houver avanço no processo de paz até setembro. Falando durante reunião da Organização pela Libertação da Palestina em Ramallah, ele disse que a visão de paz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu "não tem nada com que possamos trabalhar". Segundo ele, a fala de Netanyahu "se distanciou na paz", ditando soluções antes mesmo de as negociações começarem. “Falamos no passado e ainda falamos que a nossa escolha é a negociação, negociação e nada além da negociação. Mas se nada acontecer até setembro nós vamos à ONU pedir reconhecimento a seus 192 estados membros”, disse Abbas (Reuters). Leia mais em:
Palestinos: fala de Netanyahu é 'obstáculo para a paz'
Abbas: Netanyahu's speech had 'nothing we can build on'
Hamás pide romper los acuerdos de paz con Israel tras el discurso de Netanyahu
10. “Premiê de Israel convoca aliados a derrotar na ONU a soberania palestina”
Com um discreto sinal de comprometimento, Benjamin Netanyahu apresentou ontem sua visão sobre o processo de paz no Oriente Médio, em discurso cuidadosamente medido para arregimentar o apoio dos Estados Unidos e fazer campanha contra os planos dos palestinos de levar o reconhecimento de seu Estado soberano à votação na na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em setembro. Aplaudido com estridência pelo Congresso dos EUA, Netanyahu disse que estaria disposto a assumir “compromissos dolorosos” para colocar fim no conflito, mas garantiu que Jerusalém não será dividida. A Autoridade Palestina (AP) reagiu prontamente, reafirmando que só lhe restou a opção de colocar a questão na ONU. Na batalha diplomática que se desenha nos próximos meses, o trunfo decisivo será o apoio da Europa, onde o reconhecimento da Palestina começa a ser discutido. Falando em tom direto e mostrando-se à vontade, diante de uma plateia claramente pró-israelense, o premiê israelense agradeceu o apoio dos EUA e reafirmou que seu governo “luta pela paz”. “Os acordos entre Israel, Egito e Jordânia são vitais, mas não suficientes. Temos de encontrar uma forma para alcançar a paz duradoura com os palestinos. Estou disposto a assumir compromissos dolorosos. Como líder de Israel, é minha responsabilidade guiar meu povo no caminho da paz”, declarou. “Não é fácil para mim, porque reconheço que a verdadeira paz exigirá a renúncia a partes da terra ancestral dos judeus”, completou (Por Tatiana Sabadini, Correio Braziliense).
11. “Israel fixa seus limites na paz”
Israel, pelo menos no discurso do premiê israelense, não abre mão da parte oriental de Jerusalém e não deixará que os refugiados voltem para terras que ocuparam no passado. Netanyahu mostra sua visão de paz. Dois grandes problemas do processo estão exatamente aí. A reação palestina não tardou. O Hamas afirma que o discurso de Netanyahu é uma declaração de guerra. Uma semana depois do discurso de Barack Obama os sinais de esperança ainda não apareceram. Os jornais americanos registram que Netanyahu foi aplaudido calorosamente no Congresso, dando a entender que os parlamentares estão mais próximos do discurso de Netanyahu do que da proposta do presidente dos EUA (Por Fernando Gabeira, blogs.estadao).
12. ONU diz que a Síria "provavelmente" tinha reator nuclear
Um relatório confidencial da AIEA, a Agência Internacional de Energia Atômica, indica que uma instalação na Síria bombardeada em 2007 por aviões pertencentes a Israel era "muito provavelmente" um reator nuclear. Parte do conteúdo do documento foi vazado ontem pela rede de televisão britânica BBC e pela agência de notícias Reuters. A AIEA está em processo de investigação sobre as acusações americanas de que a Síria, com a ajuda dos norte-coreanos, construía secretamente o reator na cidade de Dair Alzour, que está localizada no deserto sírio. O governo do país responde dizendo que o local, que fica em uma zona remota no norte, era uma instalação militar em construção (Folha de S.Paulo).
13. EUA impõem sanções a estatal da Venezuela por negócios com o Irã
Os Estados Unidos anunciaram hoje sanções a sete empresas estrangeiras, entre elas a estatal de petróleo venezuelana PDVSA, por realizarem negócios com o Irã, o que teria contribuído para o desenvolvimento do polêmico programa nuclear do país. “Enfrentarão graves consequências as empresas que insistirem na irresponsabilidade de apoiar o setor energético do Irã e que contribuírem para que esse país burle as sanções impostas pelos Estados Unidos”, declarou o subscretário de Estado, James Steinberg. O governo da Venezuela não reagiu imediatamente ao anúncio das sanções. Mas o parlamentar Freddy Bernal, aliado do presidente Hugo Chávez, condenou a medida e afirmou que é ridículo relacionar a Venezuela ao programa nuclear iraniano (AP). Leia mais em:
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14. Von Trier defende Festival de Cannes frente às acusações do Irã
O cineasta dinamarquês Lars von Trier, considerado persona non grata pelo Festival de Cannes após declarar que compreendia o ditador alemão Adolf Hitler, defendeu o evento francês após as acusações de censura feitas pelo vice-ministro de Cultura do Irã, Javad Shamaqdari. "Em minha opinião, a liberdade de expressão faz parte, em qualquer de suas formas, dos direitos humanos fundamentais. No entanto, meus comentários durante a entrevista coletiva foram pouco inteligentes, ambíguos e necessariamente ofensivos", escreve o diretor de "Dogville" em comunicado. A resposta vem depois das críticas do Irã ao veto de Cannes a Von Trier, considerando-o um "comportamento de traços fascistas" por parte de um festival que se erigiu em sua última edição contra a censura do governo de Mahmoud Ahmadinejad, que acaba de condenar a seis anos de prisão o cineasta Jafar Panahi (Efe).
15. Carta de Hitler pedindo 'folga' no trabalho será leiloada
Uma carta assinada por Adolf Hitler, na qual pede folga do trabalho para poder se candidatar à presidência do Reich, em 1932, será leiloada. O ditador estava começando a traçar seu caminho ao poder quando enviou a mensagem à empresa Brunswick Legational, na qual trabalhava. Hitler, que era austríaco, ainda não havia tirado a cidadania alemã e, por isso, não poderia concorrer à eleição. Pouco antes, no entanto, ele se tornou empregado da State of Brunskick, na área administrativa. A ideologia nazista já era representada por alguns dos diretores da empresa, que teriam tomado a decisão de contratar Hitler apenas para que obtivesse a cidadania e concorresse contra Paul von Hindenburg. A carta foi escrita em 1º de março de 1932 - quatro dias após ganhar a cidadania alemã. "Venho, por meio desta, requisitar minha ausência até o final das eleições para a presidência do Reich. Atenciosa e fielmente, Adolf Hitler", dizia o documento, que foi colocado para leilão por um colecionador (O Dia Online). Leia mais em:
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