Newsletter Conib - 19-08-11

Conib destaca
Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários

1. Militantes se infiltram em Israel pelo Egito e matam 8 em onda de ataques
Israel sofreu ontem o mais violento ataque ao seu território em três anos. Militantes entraram pela fronteira egípcia, cerca de 20 quilômetros ao norte do balneário de Eilat, e dispararam com fuzis e foguetes contra um ônibus e dois carros de passeio. Atiradores e soldados ainda trocaram tiros na fronteira. Ao todo, 8 israelense morreram, além de 7 supostos militantes - 20 civis ficaram feridos. Em outro incidente, à noite, autoridades do Cairo informaram que três guardas de fronteira foram mortos em ataque aéreo israelense. A sequência de ataques e o tiroteio entre militantes e soldados de Israel durou mais de oito horas. Em resposta, caças israelenses bombardearam Rafah, no sul da Faixa de Gaza, deixando pelo menos seis palestinos mortos (O Estado de S.Paulo).
10 rockets strike Israel day after coordinated terror attacks kill 8

2. Embaixada divulga nota

3. 'Agressores pagarão caro', diz Netanyahu

Netanyahu: We will respond firmly when Israelis are hurt
Netanyahu: We respond immediately and powerfully to attacks

4. ''EUA e Israel estão unidos contra o terror'', diz Hillary
 EUA pedem reforço da segurança no Sinai após ataques em Israel

5. “Ataques mostram que controle na região diminuiu”
 Depois de Gaza e Líbano, Sinai é a terceira frente de conflito de Israel; Golã será a quarta”


6. Hamas nega autoria, mas elogia ataque


A facção palestina Hamas negou envolvimento nos ataques, mas elogiou o atentado porque os alvos eram "soldados israelenses", disse um dos líderes do movimento. O dirigente afirmou que o grupo "não reclama a autoria" dos ataques, realizados por homens armados e que também deixaram mais de 20 feridos. O Hamas, no entanto, acredita que a ofensiva ocorreu "no momento certo, já que os israelenses estão atacando a Faixa de Gaza dia e noite". O território palestino é controlado pela facção radical, inimiga declarada de Israel (EFE).

7. “Israel vê reabrir seu flanco sul e enfrenta novo fantasma de ataque da rede Al Qaeda”

Os atentados de ontem em Israel são muito mais do que a habitual troca de chumbo entre Israel e palestinos. Primeiro porque reabrem o flanco sul da fronteira israelense (com o Egito), que esteve protegido durante todos os 30 anos da ditadura egípcia de Hosni Mubarak que ruiu em fevereiro. Segundo porque introduzem mais um fantasma, o da Al Qaeda, em uma área que já os tem em quantidade de escala industrial. Explicações, por partes: para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "o incidente mostra o enfraquecimento do controle egípcio no Sinai e a ampliação das operações terroristas lá". De fato, as autoridades egípcias já haviam solicitado a Israel autorização para deslocar mais forças para a península do Sinai, além das autorizadas pelo acordo de paz entre os dois países, após ataques a um posto policial na cidade de Arish e a um gasoduto na região norte da península. Os ataques ocorreram depois que um grupo até então desconhecido, que se autodenomina a Al Qaeda no Sinai, postou manifesto na internet reclamando a transformação da península em um califado, a forma islâmica de governo (Por Clovis Rossi, Folha de S.Paulo).

8. Após bombardeios, milícia de Gaza lança dez bombas contra Israel


Terroristas palestinos da faixa de Gaza lançaram ao menos dez foguetes Grad e Qassam contra o território de Israel, em mais uma série de ataques. Os foguetes foram uma retaliação aos bombardeios das Forças Armadas israelenses contra Gaza, na madrugada desta sexta-feira (noite no horário de Brasília). A maioria dos foguetes atingiu áreas desertas de Ashkelon, Be'er Sheva e Kiryat Gat, segundo o jornal israelense Haaretz, sem deixar vítimas ou danos. Um dos mísseis, contudo, atingiu um prédio em parque industrial de Ashdod, ferindo ao menos seis pessoas, uma delas gravemente. Dois dos foguetes lançados contra a cidade de Ashdod deixaram danos e dois feridos em uma sinagoga e na escola. Outros três foguetes Qassam foram disparados contra comunidades em Negev, sem deixar vítimas ou danos (Folha.com). Leia mais em:
Palestinos respondem com foguetes a ataques aéreos de Israel
Four family members killed in Eilat attacks named

9. Sem Mubarak, subiu risco para país no Sinai

Há cerca de três meses, o carro que levava a reportagem da Folha na faixa de Gaza foi parado por um policial do grupo islâmico Hamas na região de Rafah, perto da fronteira com o Egito, conhecida por abrigar uma vasta rede de túneis. "Alguém vai viajar para o Egito?", indagou o policial de forma burocrática. A "viagem" a que se referia era pelos túneis, que nos últimos anos se converteram na maior indústria de Gaza e em seu principal canal de comunicação com o mundo. O episódio ilustra a facilidade com que é feito o fluxo de bens e pessoas pelas passagens subterrâneas criadas para driblar o bloqueio imposto por Israel desde 2007. Por um preço que varia em média entre R$ 350 e R$ 800, segundo o nível de segurança do túnel, qualquer pessoa disposta a desafiar a claustrofobia pode escapar de Gaza e ingressar clandestinamente no Egito. Com a renúncia do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro, a facilidade aumentou, já que a presença do Exército egípcio na península do Sinai definhou. Um general egípcio admitiu que estado de "anarquia" na região (Folha de S.Paulo).

10. Líder palestino Marwan Barghuti adverte EUA sobre veto na ONU


Marwan Barghuti, um dos mais populares líderes palestinos, preso em Israel, advertiu os Estados Unidos contra provável veto americano ao pedido de adesão de um Estado Palestino à ONU. "O veto americano seria terrorismo e uma agressão contra a vontade da comunidade internacional, pois sabemos que oitenta por cento da humanidade apoia o Estado Palestino", disse Barghouti em entrevista à AFP intermediada por seus advogados. Para ele, tal veto "marcaria uma mudança nas relações entre Estados Unidos e Palestina". Um pedido de adesão na ONU deve ser validado pelo Conselho em breve. Segundo ele, "os Estados Unidos colocarão tudo a perder caso se oponham à comunidade internacional para defender a ocupação (israelense), a colonização e o sistema discriminatório e racista em Israel", acrescentou (AFP).

11. Nobel israelense é 1ª a ganhar bolsa para pesquisar no Brasil


A cientista israelense Ada Yonath, Prêmio Nobel de Química em 2009, será a primeira cientista de excelência a pesquisar no Brasil por meio do Programa Ciência Sem Fronteiras. Ada também será a embaixadora do programa em Israel. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Aloizio Mercadante. Ada Yonath tornou-se reconhecida por pesquisas desenvolvidas sobre a estrutura e a função do ribossomo. Ela fará pesquisas no Brasil nos próximos três anos. Nesse período estão previstos intervalos em que a cientista residirá no país, em Campinas (SP), onde desenvolverá pesquisas para o Laboratório Nacional de Luz Síncroton, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI). Segundo Ada, esta será a primeira experiência em que desenvolve pesquisas em outro país. "Minha primeira experiência será no Brasil e acho que será muito bom. Será tranquilo também morar aqui por uns tempos", disse. A respeito dos incentivos para a pesquisa, ela acrescentou que o mais importante é a paixão que tem pelo trabalho e, consequentemente, pela ciência (Noticias Terra).

12. EUA pedem saída imediata de ditador sírio

Os EUA e líderes europeus pediram ontem a saída do ditador sírio, Bashar Assad, e Washington anunciou uma série de sanções contra o regime, inclusive o embargo da compra de petróleo. A decisão foi tomada depois dos relatos de que 25 manifestantes foram mortos anteontem, mesmo dia em que Assad disse ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter cessado a repressão. "Nós temos dito firmemente que Assad precisa liderar uma transição democrática ou sair do caminho", disse Barack Obama, presidente dos EUA. "Ele não liderou. Pelo bem do povo sírio, chegou a hora de Assad sair”. O governo Obama também anunciou o congelamento de ativos sírios nos EUA e a proibição de investimento americano no país, assim como da importação de petróleo e seus derivados (Por Álvaro Fagundes, Folha de S.Paulo). Leia mais em:
Obama diz que Assad mata seu povo e deve renunciar
Obama e seus aliados ocidentais exigem renúncia de Assad

13. EUA adotam sanções, mas é a UE que pode asfixiar regime sírio


Com o anúncio de sanções feito ontem, Washington deu um poderoso sinal de sua preocupação e efetivamente desafiou seus aliados europeus a seguir os seus passos e atingir a Síria onde realmente dói: no setor petrolífero. As sanções proíbem companhias e cidadãos americanos de fornecer ou exportar produtos para a Síria e de trazer petróleo e derivados daquele país para os EUA. A medida ainda impede indivíduos e empresas de ter qualquer envolvimento com o setor petrolífero sírio. O governo Obama também colocou na lista negra cinco estatais energéticas daquele país. Mas as sanções não terão quase nenhum impacto, a não ser que a União Europeia faça o mesmo. Os EUA quase não têm nenhum envolvimento com o setor energético da Síria, mas o peso da Europa é muito maior. Os europeus recebem cerca de 95% das exportações de petróleo do país árabe e estão entre seus maiores investidores estrangeiros (Por Anna Fifield e Alex Barker, Financial Times, em artigo no Valor Econômico)

14. Sem aderir à pressão americana, Brasil critica violência do ditador


Sem aderir às pressões de EUA e países europeus pela renúncia do presidente da Síria, Bashar Assad, o Brasil fez coro ontem aos críticos da violência generalizada do regime sírio. Em sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Alto Comissariado para Direitos Humanos da organização apresentou relatório em que aponta ataques "disseminados ou sistemáticos" contra a população civil, incluindo fuzilamentos, franco-atiradores e negação de atendimento médico a feridos. Hoje uma reunião informal deve discutir possíveis sanções, e a delegação brasileira não descarta apoiá-las (Por Sergio Leo, Valor Econômico). Leia mais em:
EUA e UE querem fim da era Assad; Brasil insiste em negociação
Rússia se opõe a pedidos de EUA e UE por renúncia de Assad; forças sírias continuam repressão

15. ONU deve acusar Assad em corte internacional


Depois da apresentação de um relatório da comissária da ONU no Conselho de Segurança afirmando que o regime sírio cometeu possíveis crimes contra a humanidade, os quatro países europeus integrantes do órgão decisório máximo das Nações Unidas, com o apoio dos EUA, demonstraram disposição em aprovar resolução contra a Síria. O texto da resolução ainda não foi formulado, mas os diplomatas europeus disseram que pretendem incluir sanções. Na avaliação deles, apenas uma resolução condenando o regime, sem medidas punitivas, como era previsto em propostas anteriores, não seria suficiente. A embaixadora do Brasil na ONU, Regina Dunlop, disse em Nova York que "o Brasil ainda não pode tomar uma posição por não ter visto a proposta". "Mas sanções costumam alienar as pessoas do processo", acrescentou (Por Gustavo Chacra, O Estado de S.Paulo). Leia mais em:
Conselho de Direitos Humanos da ONU convoca reunião extra sobre a Síria

16. A necessidade de sanções mais duras contra Damasco


Rigorosas medidas coercitivas contra o regime sírio são agora justificáveis diante do bombardeio indiscriminado contra civis na cidade portuária de Latakia por navios de guerra. A repressão contra manifestantes predominantemente pacíficos continua mesmo depois do envio de várias missões diplomáticas e significativas condenações regionais, que fracassaram na tentativa de convencer o presidente Bashar Assad a interromper seus ataques. De fato, a condenação da violência manifestada em uma declaração do Conselho de Segurança (CS) no dia 3 não persuadiu Assad a mudar de conduta.  Se o CS não decidir pela imposição de sanções, a tarefa recairá sobre uma ampla coalizão de membros da ONU, liderada pelos EUA e União Europeia. Eles precisam impor duras sanções capazes de fortalecer e ampliar significativamente aquelas que já foram impostas - afetando também as exportações sírias de gás e petróleo (Por George A. Lopez, O Estado de S.Paulo). Leia mais em:
Minoria alauíta e elite econômica síria sustentam regime Assad

17. Oposição síria cria coalizão para tentar derrubar Assad


A oposição ao presidente sírio Bashar al-Assad anunciou hoje a criação de uma coalizão que tentará obter a queda do regime e a democratização do país. A coalizão, batizada de "instância geral da revolução síria", informa em um comunicado que tentará "estreitar os laços" dentro da oposição e "obter a queda do regime de Bashar Assad e estabelecer um Estado democrático, baseado no direito e em instituições que garantam a liberdade, a igualdade de todos os cidadãos e o respeito aos direitos humanos". A instância, que reúne 44 grupos e comitês de coordenação que lideram há cinco meses a mobilização contra o regime de Assad, considera "urgente unificar a ação dos revolucionários no plano político, midiático e no campo de batalha para obter a queda do regime e de suas instituições repressivas" (AFP).

18. Universidade de Jerusalém organiza seminário inédito sobre o Brasil


Visando compreender as aspirações do Brasil como ator global, bem como os fatores que o levaram ao atual status e seus desafios para o futuro, o Departamento Românico e Estudos Latino-Americanos da Universidade Hebraica de Jerusalém e o Programa de Estudos Portugueses e Brasileiros promoverão em dezembro próximo o seminário internacional “A Emergência do Brasil como Ator Global: Explicações Históricas, Conquistas Recentes e Futuros Desafios”. O evento, que será a primeira conferência de tal magnitude sobre o Brasil realizada em Israel, reunirá professores e intelectuais brasileiros nas áreas de antropologia, ciência política, economia, estudos cinematográficos, história e relações internacionais. A organização é de James Green, professor de Historia do Brasil na Brown University, EUA; Michel Gherman, coordenador do Núcleo Interdisciplinar do Estudos Judaicos, UERJ; Ruth Fine, chefe do Departamento de Estudos Românicos e América Latina da Universidade Hebraica de Jerusalém (Conib).

Indicações de vídeos e textos:
(visite nosso novo site: www.conib.org.br  )

Eilat terror victims laid to rest around country

Column One: Blood in the streets

Iron Dome intercepts 2 rockets fired at Israel

Into the Fray: Come September…

Savir's Corner

Austrian Holocaust survivors battle to reopen compensation claim

Truth About Syria

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