A cada shabat que se
aproxima, a cada celebração que chega, sempre pensamos: o que fazer para atrair a participação de
todos? Pessach chegou e seu foi. Um sucesso, como pode ser visto no Pessach. Então, para repetir o sucesso e corrigir eventuais erros, é claro que
a melhor maneira é monitorar o feedback. Foi o que fizemos! O resultado inclui
elogios, críticas, sugestões. O mais interessante, no entanto, não são as
respostas em si, mas aquilo que elas revelam, como grandes desafios de uma
pequena comunidade. Muito interessante. Confira. Ah! E para saber sobre a Parasha desta semana, confira no link da Parasha, que também está no nosso menu acima.
a) Dois
lados da mesma medalha
Ao contrário de uma
comunidade maior, em que os grupos podem se alinhar conforme seus interesses
específicos, faixas etárias, etc. em Floripa isto é impossível. Aqui,
diferentes faixas etárias, religiosos (de todas as linhas), laicos, enfim – o
que você imaginar – precisam conviver no mesmo espaço. Ótimo: um exercício
cotidiano para aprender a aceitar as diferenças. Ao mesmo tempo, uma
dificuldade: como agradar a todos? Aqui, alguns comentários que sintetizam
este desafio:
“A cerimonia foi maravilhosa. Tudo muito bem
explicado, entendi tudo.”
“A cerimonia foi muito longa. Para que ficar
explicando o que eu já sei? Acaba dispersando a atenção.”
“Gostei
porque foi uma cerimônia verdadeira de Seder. E a condução e a música estavam
lindas.”
“Penso
que a recuperação de nossa cultura não é uma tarefa fácil, pois enquanto alguns
cantam e falam o hebraico, outros nada conhecem da língua, e alguns pouco ou
quase nada sabem das tradições, o que talvez faça parte da dificuldade de
resgatar a nossa identidade.”
Conclusão: precisamos encontrar uma saída para este ponto. Já tive algumas ideias,
fica para o próximo post.
b) Diversidade socioeconômica
Mais um aspecto que
reflete o grande desafio de agrupar diferentes, e que não possui uma camada
extensa de grandes empresários que poderiam subsidiar as celebrações:
“Achei o convite com
um preço justo.”
“Começa a ficar caro
para uma família de quatro ou cinco pessoas."
Conclusão: o custo cobrado ficou mesmo no limite, para a próxima festa, sabemos
que não é possível ultrapassá-lo.
c) Falta
de marcos institucionais
Um dos grandes
atrativos, é claro, são as comidas e receitas tradicionais. Mas em uma cidade
sem marcos institucionais, banqueteiras ou restaurantes típicos de culinária
judaica, depende-se das próprias famílias para que contribuam neste aspecto. Para um encontro menor, tudo
bem: basta cada um trazer um prato. Numa celebração de maior porte, como
Pessach ou Rosh Hashana, já complica – cozinhar para 150 pessoas exige mais do
que habilidade, exige técnica! Então, lá vamos nós ensinar aos fornecedores
como fazer as maravilhas do culinária judaica… Só que precisa conciliar custos (para
não aumentar o preço do convite) e os desejos. Foram 5 pratos típicos, não foi
suficiente. Outro detalhe: embora gostosos, a apresentação deixou a desejar.
“Estava tudo muito bom, mas as saladas eram
muito simplinhas. Também não estavam bem decoradas, em travessa bonitas.”
“Senti falta de pratos mais tradicionais. E se
cada família trouxer um prato típico? Eu posso contribuir com varenikes.”
“Que
cada família da comunidade ficasse responsável por um prato, formando um patchwork
gastronômico e se envolvendo mais com a festividade. Talvez desse mais certo?
Blinis de ricota, cuscus marroquino…”
Conclusão: precisamos incluir mais pratos tradicionais e caprichar no visual. E
blinis de ricota no próximo encontro! Prometido.
d) O
local
O comparecimento foi
enorme, bem acima do esperado. Esperávamos por volta de 70 a 80 pessoas, vieram
130. Então, é importante estar preparado para atender a este número de
participantes, pois foi uma briga para cada um ter sua Hagada!
“Por outro lado o espaço deste ano deixou muito a
desejar, desde o tamanho insuficiente, até o sanitário masculino (o feminino
não conheci !) que era lamentável em termos da falta total de
privacidade."
“O local é bem localizado, acredito que para a maioria
da comunidade, tem espaço para estacionamento. A única deficiência é a falta de
ar condicionado, no verão deve ser um suplício estar lá dentro."
“Achei um lugar simples mas que atendeu às
necessidades.”
“’Ótimo lugar. Amplo estacionamento.”
“Refrigeração!”
Conclusão:
Florianópolis tem verões quentes, invernos muiiiito frios. Precisamos cuidar do
conforto térmico. E promover mais atividades.
e) Outros comentários
“Torço
para que a partir de agora tenhamos as nossas atividades religiosas com mais
regularidade.”
“Não
tenho paciência para uma versão didática do Hagadá. E a versão completa,
religiosa, rezada, também não me diz muito. Por isso eu gostaria de algo mais
resumido. Independentemente das críticas feitas, reconheço o enorme esforço dos
organizadores para fazer o melhor.”
“Um
trabalho como o que os presidentes da AIC vem realizando durante estes vinte e
tantos anos é um trabalho alimentado pela energia da alma. Que posso dizer além
de parabéns?”
Também tivemos problemas de comunicação: algumas
pessoas receberam o convite DEPOIS do evento. Afff. Que isto não se repita! Mea
culpa. Muitas sugestões de locais: vamos checar todas! Mas… Que tal começar a
campanha pela sede própria e assim evitar todos estes problemas para o future?
O que acham?
Se você tem outras sugestões, aproveite o espaço do
blog para deixar seus comentários.
Abaixo encontram-se outros gráficos que pontuam os diversos aspectos que pesquisamos em relação a Pessach.
Bem, importante lembrar que houve um retorno de 10% dos participantes, que
responderam ao questionário. Estatisticamente, não chega a ser significativo,
mas já é um começo! A pior nota é 1, a melhor é 5. As respostas não são
obrigatórias (as vezes não chegam a 100% ou ultrapassam 100%).
Shabat Shalom!
Shabat Shalom!
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