O livre-arbítrio

Talvez uma das questões que provoquem mais reflexão nos dias de hoje seja as que envolvem o livre arbítrio e a liberdade individual x o interesse coletivo. Até onde posso ir? Alguns alunos, por exemplo, saem da sala de aula a todo momento: -É a minha liberdade de ir e vir!, alegam eles. Liberdade de ir e vir? Como assim? Esta liberdade, sem dúvida alguma, está restrita pelo viver em grupo, pelo viver com o outro – ninguém pode sair andando de carro na contra-mão, furando os faróis vermelhos, atropelando a todos e alegar “liberdade de ir e vir”. No judaísmo, um princípio fundamental é o viver em comunidade, o construir, juntos, as bases sólidas que propiciam a cada um o desenvolvimento de todos os seus potenciais. A parasha desta semana, sem dúvida alguma, promove tal reflexão. O povo judeu quer partir. O faraó não deixa. Como resolver este conflito? Até onde a solução depende da vontade divina – aquilo que não podemos controlar – ou as escolhas pessoais (o livre-arbítrio).
Se não tivéssemos a possibilidade de interferir, então ficaríamos parados, sem nada fazer. Mas não é assim que ocorre: podemos interferir, podemos agir. Podemos fazer a nossa parte: pequenas ações movem o mundo. Faça a sua! E lembre-se: no próximo final de semana, teremos o Retorno da Torá e Tu Bishvat, com muitas atividades na AIC.

Shabat Shalom

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